A chuva que caiu sobre Santa Cruz do Sul na sexta-feira, 23, e nessa segunda-feira, 26, não paralisou as obras do Calçadão da Rua Marechal Floriano, no Centro. Na semana passada, uma sequência de dias secos e ensolarados favoreceu a execução do projeto, que promete transformar a principal rua do município em um espaço mais amplo, visual e atrativo para pedestres. Conforme o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Daniel Feuerharmel, a empresa Progetto Sul, responsável pela obra, iniciou na semana passada os serviços para pavimentação com bloquetes, com escavação de subleito, aplicação de base com regularização e compactação da via.
Na tarde de sexta-feira, foi possível perceber uma movimentação intensa de máquinas trabalhando, mesmo com a mudança climática e episódios de chuva fina ao longo do dia. Segundo Feuerharmel, foi preciso fazer uma nova escavação do subleito e recolocação de base em pontos específicos, onde houve a saturação do solo provocada pelo vazamento de uma rede da Corsan, atingida pelas equipes acidentalmente.
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Já nessa segunda-feira, mesmo com a chuva que ultrapassou 20 milímetros, conforme Feuerhamel, foi feita a colocação de meio-fio desde a esquina da Rua 28 de Setembro até a frente do Supermercado Nacional, ainda que de forma lenta por causa do mau tempo. O secretário de Planejamento disse que, dependendo da condição climática de hoje, os trabalhos devem ter sequência no outro lado da rua.
Lojista diz que suas vendas caíram pela metade
A obra é executada na Rua Marechal Floriano, na quadra entre as ruas 28 de Setembro e Borges de Medeiros. Apesar do andamento positivo, a intervenção ainda tem sido motivo de queixas entre os lojistas do trecho. As principais reclamações são quanto à demora na execução dos serviços, o que tem afetado a atividade comercial e diminuído a circulação de clientes.
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Além disso, é comum a presença de barro em dias de chuva e poeira em dias secos. Durante a semana, algumas lojas precisaram trabalhar de portas fechadas para evitar a invasão do pó. A Gazeta do Sul conversou com uma das lojistas, que preferiu não se identificar. Ela citou uma série de fatores que fizeram com que as vendas caíssem em mais de 50% durante os meses da obra.
“Essa semana trabalhamos de portas fechadas por causa da poeira provocada por uma das máquinas e, mesmo assim, a poeira ainda entrava por baixo. Está sempre tudo sujo. Não bastasse a redução nas vendas por causa da pandemia, momento em que as pessoas estão com tantas dificuldades financeiras, as poucas que ainda permanecem consumindo estão esquecendo das lojas nesse trecho. Elas estacionam em outros lugares e, consequentemente, acabam comprando por onde passam”, lamentou.
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Vazamento de água
As obras de revitalização da Rua Marechal Floriano acabaram por danificar uma canalização de água e gerar um vazamento, no último dia 16. Parte do Centro ficou sem abastecimento. O incidente atingiu duas redes ao longo da via. De acordo com o secretário Daniel Feuerharmel, até a quarta-feira passada ainda estavam sendo realizados ajustes em uma das redes, que, embora desativada, ainda continha água.
“Os rompimentos nas redes foram rapidamente consertados, mas acabaram causando saturação do solo, em alguns pontos, o que gerou retrabalhos no preparo do subleito e da base. É importante ressaltar o constante apoio técnico que a Corsan vem prestando ao longo de todos os trabalhos, disponibilizando equipes e equipamentos, com presteza nos atendimentos”, afirmou Feuerhamel.
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