Ao menos há 120 anos, Santa Cruz do Sul comemora o Carnaval. O antigo jornal Kolonie, já em 1896, registrava convites para os bailes em clubes e salões.
Os festejos eram nos antigos Clube União (fundado em 1866) e Ginástica (1893). Depois, veio a Aliança (1896). Em 1923, surgiu a SCB União e, em 1939, o Corinthians. Os homens usavam terno e as mulheres não dispensavam adereços na cabeça.
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Na virada do século (1900), começaram os desfiles de rua, organizados pelos blocos Filhos do Inferno, Bam-Bam-Bam e Turunas. Com o surgimento de novas sociedades, vieram mais entidades como Índios Tabajaras, Pif-Paf, Caruru, Vagalumes do Amor, Filhos da Lua e outros.
Os carros alegóricos eram puxados por cavalos ou calhambeques. Violinos, violões e instrumentos de sopro embalavam os foliões. Como a iluminação das ruas era precária, os desfiles ocorriam à tarde.
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O primeiro Carnaval que recebeu cobertura da Gazeta do Sul foi o de fevereiro de 1945 (o jornal foi fundado em 26 de janeiro de 1945). Além dos clubes, também havia bailes nos salões, como o dos Kothe na esquina em frente ao estádio do FC Santa Cruz. Devido às restrições impostas pelo Estado Novo, não houve desfiles.
As fotos que ilustram a coluna são do arquivo da leitora Márcia Regina Dopke. O bloco de adultos foi organizado pelos irmãos Victor e Oscar Becker. Os de crianças também são das famílias Becker.
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