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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Agerst aponta avanços no saneamento em Santa Cruz

Equipes trabalham na implantação das novas redes de esgoto no Bairro Avenida

Os últimos tempos foram de avanços em torno do saneamento básico no município. A análise é do presidente da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst), Astor Grüner, que falou à Rádio Gazeta FM 107,9 sobre o tema. Segundo ele, já são perceptíveis melhoras desde que a Aegea assumiu a Corsan, mas ainda há muito a ser feito para alcançar números considerados ideais.

Um dos indicadores mais alarmantes era a perda de água, que em agosto do ano passado estava perto dos 63%. Em janeiro deste ano já foi percebida uma queda para 52%, com pequeno incremento em fevereiro. A média da Aegea no Rio Grande do Sul é de 40% e a perda considerada normal fica entre 25% e 30%. Grüner explicou que essa situação pode ocorrer de diversas formas, desde rompimento da canalização até a necessidade de transbordo para limpeza ou eliminação de bolhas de ar.

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Quando ocorre vazamento e ele é visível, isto é, escorre pelo solo, a identificação e reparo é mais fácil. O problema, ressaltou o presidente da Agerst, é quando são subterrâneos. Recentemente a concessionária realizou uma varredura em 521 quilômetros de redes, o que corresponde a 85% do total do município, e descobriu 771 vazamentos não visíveis, que foram consertados.

Ainda sobre a falta de água, Grüner detalhou que quando há interrupção por longos períodos (mais de 24 horas) sem justificativa, os usuários podem pedir abatimento no valor da conta. Em 2023, a empresa devolveu aos clientes R$ 449 mil. Segundo ele, esse valor pode parecer pouco se for dividido entre o total de ligações de água, mas há casos de pessoas que conseguiram descontos de até R$ 50,00 na fatura. Lembrou ainda que a interrupção nem sempre é culpa da Aegea, muitas vezes a rede é rompida por terceiros, então é preciso analisar caso a caso.

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Outra melhora relatada é na recuperação do pavimento. Quando a Corsan era pública, afirmou, a repavimentação era feita por meio de licitações, que muitas vezes eram vencidas por empresas pouco experientes e que realizavam um serviço ruim. Agora a Aegea criou um setor específico, estabeleceu padrões mínimos e trabalha com empresas especializadas. “Antigamente se dizia para fechar o buraco e deixar uma elevação porque ela iria ceder. Isso hoje não existe mais, nem pode ser feito dessa forma.”

AMPLIAÇÃO

Em um mês de obras para ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Santa Cruz do Sul, a Corsan já construiu 1,2 quilômetro de rede coletora e 90 ramais, para receber o material de descarga sanitária de moradias e estabelecimentos. Essa é a primeira etapa do projeto, que prevê a instalação de 68 quilômetros de rede e a disponibilidade de 7.342 ramais para residências e empresas até agosto de 2025.

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O investimento é de R$ 22 milhões. A ampliação começou pelo Bairro Avenida e passará pelo Centro e bairros Universitário, Verena, Santo Inácio, Jardim Europa, Country, Santuário e Harmonia. Serão atendidas aproximadamente 29 mil pessoas.

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Uma equipe de trabalho técnico e social da Corsan passou a fazer visitas para orientar sobre o cronograma das obras e como os moradores deverão proceder para as interligações às novas redes de esgoto após receber a notificação da companhia. As visitas incluem as ruas Guilherme Lamberts, Doutor Pedro Eggler, Irmão Emílio (entre BR-471 e Rua Doutor Pedro Eggler), Conselheiro Serafim Waechter (entre Félix Hoppe e Senador Salgado Filho), Coronel Oscar Rafael Jost (entre BR- 471 e Rua São José) e Rua Padre Darup (entre BR-471 e São José).

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Licitação do Rapidinho

Mulher retirando comprovante de cobrança do Rapidinho
Sistema atual do Rapidinho | Foto: Divulgação

Também na entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 , Astor Grüner falou acerca da licitação do estacionamento rotativo pago, o Rapidinho. Segundo ele, a Agerst está atuando junto à Prefeitura, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado, bem como estudando os dados de vagas e valores para apresentar uma proposta equilibrada entre valor de outorga a ser recebido pelo Município, valor pago pelos usuários e fiscalização. “Hoje temos índices de pagamento abaixo de 50% e estamos trabalhando com números um pouco acima disso.”

Reiterou que é preciso planejar muito bem qual será a porcentagem mensal do faturamento repassada à Prefeitura e a fatia que sobrará para a empresa, pois será um serviço terceirizado e que precisa ser viável. Sobre as formas de pagamento, estuda-se se serão os parquímetros ou outra solução. “Isso está sendo feito agora para que possamos chegar no fim do processo e tudo esteja equalizado, para que a licitação ocorra com tranquilidade, de forma legal e equilibrada para todas as partes.”

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