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Agenciamento

Agency, ou agenciamento, é o nome da megacompetência do século 21, que começa em casa e na escola.

A capacidade de se autogerenciar, de se relacionar com outras pessoas e de tornar-se um cidadão planetário são as habilidades que, segundo ouvi em um workshop da Unesco na Finlândia há alguns anos, são as mais relevantes da próxima década.

O sistema educacional tem um enorme desafio de preparar os jovens para a autonomia e para a tomada de responsabilidade com as escolhas feitas na vida e no trabalho.

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Agenciamento significa a capacidade e a propensão de agir com propósito claro e é chave para o sucesso daqui para a frente. Adultos infantis, medrosos e vitimistas não terão mais espaço no novo mundo. Há milhares de novas oportunidades no planeta e abraçá-las exige desprendimento e coragem.

Agenciar-se significa ter a capacidade de influenciar o ambiente, seguir regras e rotinas sem jeitinhos, apropriar-se do potencial pessoal, lidar bem com as diferentes maneiras como somos percebidos pelos outros e, ao longo do caminho, mensurar ações que afetam resultados futuros.

Desenvolvemos essa capacidade cruzando nossa autopercepção com o que os demais percebem a nosso respeito, de forma aberta e leve, com a intenção de corrigir, processar e ajustar nossa atitude o tempo todo.

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O agenciamento é desenvolvido na escola e no ambiente profissional com aprendizagens combinadas, nas quais quem aprende tem espaço para cocriar, estabelecer seu ritmo e escolher o ambiente em que melhor aprende, o que nos liberta das salas de confinamento.

Ambientes de aprendizagem modernos são baseados em iniciativas nas quais os alunos podem mostrar o que sabem e progridem com base no domínio demonstrado. Tão limitadoras para a criatividade humana.

A jornada de agenciamento está apoiada em projetos de interesse individual ou grupal dos alunos, que são encorajados a se expressar livremente, recrutar habilidades que já têm para moldar a questão, o processo e o produto do trabalho. Além disso, a nova educação escolar e corporativa preconiza que o aluno ou o profissional escolha o que quer aprender, com base em referências que ele mesmo tem e na visão de propósito e longo prazo.

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A escola e os negócios como conhecemos já estão em declínio acelerado. O modelo industrial está em xeque. A nova escola vem se adaptando a essa nova realidade e deve preparar melhor os profissionais para o futuro.

Pais e professores talvez ainda se sintam perdidos nesse processo, porque desconhecem os sinais do que vem pela frente. Aos poucos, os velhos moldes vão dando espaço a novos formatos, mais reais e mais saudáveis para a evolução natural de nossa espécie.

Liderar a si mesmo e tornar-se capaz de ser seu próprio agente de evolução e realização. Um luxo ao alcance de todos nós. Aproprie-se da sua jornada pessoal e profissional e apoie quem já está nesse caminho.

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