A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst) apresentou nesta quinta-feira, 23, o novo valor da passagem do transporte urbano em Santa Cruz do Sul. O valor proposto é de R$ 4,45 e, agora, precisa passar pela aprovação do prefeito Telmo Kirst (PSD).
O preço foi apresentado pela Agerst juntamente com o cálculo da agência reguladora para o reajuste da passagem do transporte urbano. O Consórcio TCS havia encaminhado o pedido, em 2 de janeiro passado, revisando a tarifa para R$ 4,80.
Segundo cálculos da agência, o principal fator para propor o reajuste é a redução no número de passageiros transportados pelo TCS. Em uma comparação com o número de usuários em janeiro de 2019, houve uma redução de 39,4 mil passageiros por mês.
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Outro impacto negativo na composição do valor é uma exigência do contrato assinado entre a Prefeitura e o Consórcio, em fevereiro de 2017. O documento estabelece que, a partir de fevereiro deste ano, toda a frota, com 53 carros (48 em uso e os 5 reservas), esteja equipada com sistema de ar-condicionado e acessibilidade.
Entenda o impasse
Desde, pelo menos, novembro do ano passado, são discutidas propostas para diminuir a tarifa de ônibus em Santa Cruz do Sul. Uma audiência pública foi realizada no dia 7 daquele mês, já para tratar do reajuste do valor da tarifa para o ano de 2020.
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Apesar da intenção de reduzir o valor para ter mais passageiros, foi acordado, à época, que o valor permanecesse o mesmo praticado atualmente, R$ 4,25. Em uma das medidas propostas, o Consórcio TCS estuda retirar cobradores de algumas linhas, na intenção de frear aumentos.
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Na última semana, no entanto, o Consórcio TCS propôs o valor de R$ 4,80 para a tarifa. O valor é justificado pela empresa considerando a queda constante no número de usuários do transporte coletivo, o que inviabilizaria o trabalho.
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O preço não só é considerado alto por entidades, como o Sindicato dos Comerciários e a Uesc, e usuários, mas também foi questionado pelo Ministério Público de Santa Cruz do Sul. Em despacho, o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, disse receber com “surpresa e preocupação” a manifestação do consórcio, considerando estudos e o acordo de manter a tarifa em R$ 4,25.
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