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Afubra estima aumento de 10% na área plantada

A área destinada ao cultivo do tabaco na safra 2016/2017 nos três estados do Sul deve ter um aumento de 10% em relação à registrada no ciclo anterior, que foi de 283.670 hectares. Essa é a estimativa da Afubra, pois ainda não há pesquisa sobre a área de cultivo. O volume total da safra deve chegar a 716,4 mil toneladas. Conforme o tesoureiro da entidade, Marcílio Drescher,  a projeção é de uma temporada com clima favorável.

Drescher observa que a produção do ciclo anterior teve quebra devido a problemas climáticos, por isso, a projeção do volume total do ciclo atual não se dá em relação a ela. Na safra 2015/2016, a produção foi de 525 mil toneladas, quando, numa condição de normalidade, teriam sido colhidas mais de 600 mil.

O aumento da área se deve ao entusiasmo dos produtores com o preço recebido na safra anterior. O plantio de tabaco ainda não terminou. Na parte alta da região Centro-Serra, por exemplo, encontra-se em fase de conclusão. Já na parte baixa do Vale do Rio Pardo, está encerrado.

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Drescher afirma que, ainda que raros, no Vale do Rio Pardo existem casos de produtores que já começaram a colheita de fumo. São agricultores que plantaram cedo. De forma mais intensa, a colheita ocorrerá daqui a alguns dias; nas lavouras de áreas altas, vai se iniciar somente no final de janeiro.

“O tabaco pode ser colhido de 90 a 120 dias após o plantio, dependendo das variedades transplantadas, pois algumas são mais rápidas”, observa. O clima tem sido favorável. “Está razoavelmente bom”, na avaliação de Drescher, embora a temperatura média baixa impeça que a planta se desenvolva tão bem quanto deveria. No entanto, ele acredita que ainda pode haver melhoras nesse aspecto.

Fumicultor que antecipou o plantio já está colhendo

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Um dos produtores que já começaram a colheita é Cristiano Staub, 38 anos, de Malhada, interior de Santa Cruz do Sul. Nos últimos dias 11 e 12, ele colheu o tabaco da primeira etapa plantada, que corresponde a 1,5 hectare ou 21 mil pés transplantados em 1º de junho.

Staub está destinando nove hectares ao cultivo. Ele trabalha de forma escalonada, plantando um hectare e meio a cada 15 dias. Na próxima semana, plantará a última etapa. Sua expectativa é de uma safra normal, com produção de 10 (150 quilos) a 12 arrobas (180 quilos) para cada mil pés. Segundo ele, o clima vem contribuindo, com chuvas regulares e sem geada. Na safra anterior, os Staub destinaram quatro hectares para o tabaco, menos da metade da área atual. Um dos motivos desse acréscimo é aproveitar a “boa fase de preço” do fumo.

Escalonamento

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A antecipação e o plantio por etapas, como no caso de Cristiano Staub, visam dar maior espaçamento de tempo entre um transplante e outro, para não concentrar toda a colheita num determinado momento, como estratégia para reduzir riscos. Assim, se ocorre um período de clima impróprio, com geada ou muita chuva, por exemplo, ele não prejudica toda a lavoura, pois cada parte dela estará em um estágio diferente. A colheita em “parcelas” também exige menos mão de obra. Na propriedade, o trabalho é feito por Staub, a esposa Eliana e dois vizinhos, com os quais ele faz troca de serviços – um produtor ajuda o outro.

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