A reunião especial realizada pela Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul que debateu os problemas com o fornecimento de energia no município foi realizada nesta quarta-feira, 9, no Plenário. Durante o encontro, os responsáveis pela AES Sul anunciaram investimentos na ordem de R$ 32 milhões em melhorias na rede (substituição de postes), instalação de equipamentos para melhoria na transmissão, aumento de carga e de equipe de atendimento, nos próximos dois anos – 2016 e 2017.
A reunião foi uma proposta do vereador Elo Ari Schneiders (SD), sendo que contou com a participação de lideranças das comunidades do interior, de vereadores e dos representantes da companhia, como o diretor André Siqueira; os gerentes Paulo Chichelero e Sérgio Machado; e o coordenador regional, Cristiano Silva.
O vereador proponente destacou os graves problemas enfrentados pela população, especialmente do interior do município. “Teve casos em que a comunidade ficou vários dias sem energia elétrica e tiveram muitas dificuldades em ter uma expectativa de retorno da luz, pois as equipes iam lá, e diziam que tinha que vir outra.
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O gerente da AES Sul, Paulo Chichelero, apresentou as melhorias que foram feitas no município e explicou que estão previstos investimentos de R$ 32 milhões nos anos de 2016 e 2017. Ele explicou que no interior foram investidos cerca de R$ 1 milhão no reforço de 41 quilômetros de rede, que beneficiou 293 clientes das localidades de Linha Araçá, Cerro Alegre, General Osório, São Martinho, Júlio de Castilhos, Linha Antão, Linha Sete, Eugênia, Monte Alverne e Travessa Bohnen. “Vamos ter um aumento de 35% no número de eletricistas e podadores, aumentando o número da equipe de 123 pessoas para 163”, explicou.
O vereador Alceu Crestani (PSDB) cobrou uma solução com urgência. Segundo ele, é preciso mudar o sistema de abastecimento de algumas localidades na região de Linha Brasil e Saraiva, cuja rede hoje vem da subestação de Sinimbu. “Antigamente ela vinha de Monte Alverne e não dava tanto problema”, citou. O vereador Elstor Desbessel (PTB) disse que em outubro de 2013 houve uma reunião na Câmara, onde foram apontados os mesmos problemas. “E a energia de Linha Brasil e Saraiva vir de Sinimbu, fica totalmente na contramão. Além disso, existem casos em que os postes estão totalmente no mato”, destacou. André Scheibler (SD) ainda lembrou que o próprio abastecimento de água fica comprometido quando falta energia elétrica.
Os problemas não se resumem apenas ao interior. Os vereadores Gerson Trevisan (PSDB), Francisco Carlos Smidt (PTB) e Edmar Hermany (PP) também citaram casos de problemas com postes tomados pelo mato. Carlão citou o exemplo de uma região no bairro Arroio Grande que ficou sem energia em outubro por mais de 12 horas, causando prejuízos aos comerciantes e à população.
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População
O líder comunitário e comerciante de Linha Saraiva, Marcos Gollmann, disse que já está traumatizado quando vem uma ameaça de temporal. “Quando vem uma nuvem mais preta, já penso que irá faltar luz, e preciso conferir se tenho combustível suficiente para abastecer o gerador de energia, que apenas me ajuda uma parte do meu negócio”, explicou.
Golmann questionou o fato da energia da sua localidade vir de uma rede da subestação de Sinimbu, ao invés de ser originada de Monte Alverne. Ele também destacou que houve uma reunião na comunidade no ano passado, provocada pelo vereador Alceu Crestani, quando houve a participação de mais de 200 pessoas, mas que não houve melhorias em relação às demandas apresentadas pela comunidade à AES Sul.
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O empresário de Rio Pardinho, Hardi Lúcio Pranke, fez um apelo para que a sua comunidade tenha uma ligação com a subestação de Sinimbu em casos de problema com o fornecimento da energia de Santa Cruz. Ele ressaltou que a comunidade fez um levantamento ao longo da rede entre Santa Cruz e Rio Pardinho, sendo que numa extensão de 18 quilômetros existem 36 postes com problemas e que irão cair caso não haja uma intervenção.
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