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AES: Mãos à obra para dar cara nova ao velho caldeirão

Por muitos anos, Sobradinho foi considerado um dos palcos mais temidos do futsal gaúcho, até mesmo pelas principais potências. Muito por conta de um velho caldeirão, que esteve por muito tempo abandonado e adormecido. Mas que promete voltar com tudo a partir desta temporada, sob administração – pelo período de 10 anos – da Associação Esportiva Sobradinho (AES), que vai disputar o Estadual Série Prata 2019  buscando retornar à elite do esporte no Rio Grande do Sul.

Com uma aparência imponente e podendo ser visualizado em diversos pontos da cidade, o Ginásio de Esportes Humberto Alencar Castelo Branco, o Castelão, é a grande aposta da AES para projetar um futuro melhor. Para um clube que é um dos mais antigos em atividade no Estado – somente a ACBF está há mais tempo atuando ininterruptamente –, fazia falta ter uma casa para chamar de sua. É o que a direção define como o “renascimento da Associação Sobradinho”.

Para se transformar definitivamente na casa da AES, o Castelão, porém, precisa passar por um amplo processo de reestruturação. Conforme o presidente Amarildo Fardin, o primeiro passo será deixar a quadra e o teto em condições para receber as partidas da Série Prata. “Nossa meta inicial é arrumar a quadra, pois começamos a pré-temporada em 1º de março. A princípio, os trabalhos devem iniciar no fim de semana”, salientou.

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A quadra atual será desmanchada, reconstruída e, posteriormente, repintada. As dimensões serão de 17 metros de largura e 31 metros de comprimento, padrão que é aceito pela Federação Gaúcha de Futebol de Salão (FGFS). Já as melhorias no teto, que está com excesso de infiltrações, serão executadas pela Prefeitura. “Os vestiários e os banheiros estão ok. Acredito que vamos investir uns R$ 6, 7 mil para deixar o ginásio em condições”, projeta Fardin.

Construção de moradia será avaliada

As arquibancadas do Castelão comportam cerca de mil torcedores, de acordo com o Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) emitido pelo Corpo de Bombeiros. Embora também necessite de algumas melhorias, seu estado é considerado bom pela direção. A maior preocupação está do lado de fora, já que são visíveis as marcas de abandono do Castelão. Matagal, sujeira e danos ao patrimônio público são alguns dos problemas que vinham sendo enfrentados no local. 

Conforme o diretor financeiro Anselmo Haas, está sendo estudada a construção de uma casa nos fundos do ginásio, visando evitar atos de vandalismo. “O ideal é ter alguém residindo aqui. Isso ajuda a coibir estas ações”, acredita. Outras medidas também são avaliadas, como a colocação de postes de iluminação e câmeras de segurança. Já a limpeza do local deverá ser feita com maior frequência, em especial o corte da grama.

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Foto: Mateus Souza/Gazeta da Serra
Área externa do Castelão: marcas de abandono por todos os lados

Outras ideias da direção é a de colocar um mastro com uma bandeira da AES, semelhante ao que é feito pelos times de futebol em seus estádios, além de personalizar a fachada do ginásio com cores e as iniciais do clube.

O desejo de voltar ao Castelão é antigo. É bem localizado – fica no Centro da cidade – e possui fácil acesso. Nos últimos anos, a AES mandou seus jogos no Ginásio Antônio Dors, no Parque da Fejão. Por ser distante da cidade, torcedores que não possuem veículos para locomoção dependiam de carona de amigos para acompanhar os jogos. “A cada 100 pessoas, 90 queriam que a Associação voltasse para o Castelão”, comenta o vice-presidente Luiz do Nascimento.

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