Na definição do regulamento da Liga Gaúcha 2 – equivalente à segunda divisão da Liga Gaúcha de Futsal –, ocorrida durante o congresso técnico realizado em Guaporé na tarde do último sábado, 23, a Associação Esportiva Sobradinho (AES) foi voto vencido. O clube, que volta ao segundo nível do futsal estadual após a queda em 2018 defendia um novo formato de disputa, fugindo do modelo tradicional que se enraizou na modalidade nos últimos anos.
A fórmula de disputa aprovada pelos clubes consiste em uma competição em turno e returno, todos contra todos, com os oito melhores colocados avançando ao mata-mata e os dois últimos sendo rebaixados para a Liga 3, equivalente à Série Bronze. O técnico da AES, Paulo Roberto Boff, e o supervisor Leonardo Guimarães, que representaram o clube sobradinhense na reunião, defendiam um modelo que proporcionasse aos times a disputa de mais de uma taça no ano.
A ideia, proposta pelo presidente da Liga Gaúcha, Nelson Bavier, enfrentou resistência dos clubes principalmente por conta do calendário, que previa jogos às quartas-feiras. “A Liga propôs turnos premiados, com primeira fase, mata-mata e finais. Na nossa visão, seria um atrativo a mais para nossa população, nossos torcedores e para os clubes. Disputaríamos título já no turno, daria maior competitividade e renda”, avaliou Guimarães, durante entrevista ao Giro do Esporte.
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Guimarães e Boff também acreditam que os times estão com o “pensamento” da Federação Gaúcha de Futebol de Salão (FGFS) enraizados, e que por isso optaram por manter o modelo dos anos anteriores. “A maioria desses times eram direcionados pela federação e não perderam o cordão umbilical. Ainda vai levar tempo para convencer essas agremiações. Saí, sim, um pouco decepcionado da reunião”, comentou o treinador da AES.
Processo mais democrático
Apesar de o modelo adotado para a Liga 2 não ser o desejado pela AES, Leonardo Guimarães e Paulo Boff destacaram o fato de que, agora, há votação para tomada de decisões sobre as competições. “Todos tem o direito de opinar, não é mais aquela coisa pré-determinada”, comenta Boff. Eles citaram o caso do Parobé, que tentou aderir à Liga 2 fora do prazo estabelecido. O pedido foi colocado em votação e rejeitado pelas demais equipes.
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