O diretor de Relações Institucionais da Aegea, Fabiano Dallazen, concedeu entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 e falou sobre os investimentos e intervenções previstas para Santa Cruz do Sul. A empresa é a nova proprietária da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) desde julho deste ano e já iniciou o planejamento para honrar os contratos herdados da estatal.
Segundo o porta-voz, é precipitado falar em valores a serem investidos pois ainda há tratativas com o Município, mas o objetivo é melhorar o serviço prestado à população. Em âmbito estadual, nos 317 cidades gaúchas onde haverá atuação, o valor deve chegar a R$ 15 bilhões nos próximos 30 anos. “Tudo isso para que a gente possa superar essa vergonha, essa chaga de ter um sistema que coleta e trata pouco mais de 20% do esgoto, muito abaixo da média nacional.” Citou ainda a necessidade de redução da perda de água, cujo índice oficial supera os 40%.
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Para tanto, Dallazen disse ser fundamental o apoio e parceria do poder público com a concessionária. “Vamos aproveitar o conhecimento e a história da Corsan e potencializar com essas ferramentas para que as entregas sejam feitas à comunidade dentro dos prazos legais.” Ele afirmou mais uma vez que o nome Corsan vai permanecer. “O que mudou foi somente o controle, que passou do governo do Estado para uma das empresas da Aegea Saneamento.” O grupo possui operações em diversas regiões do País, inclusive algumas capitais como Campo Grande, Manaus, Teresina, Fortaleza e Rio de Janeiro.
Ao comentar as estruturas de atendimento, explicou que elas serão mantidas e até mesmo multiplicadas, tendo em vista as obras previstas nos contratos e a ampliação nos investimentos durante os próximos anos. O mesmo vale para os funcionários. “Abrimos a possibilidade de acordo para os que desejarem o desligamento, mas os que quiserem poderão continuar, dentro de uma nova metodologia. A ideia é aproveitar ao máximo a mão de obra da Corsan.” Ressaltou a importância de ter profissionais experientes para executar as intervenções a seguir.
Ao tratar sobre como a Aegea pretende solucionar velhos problemas relativos aos serviços de água e esgoto em Santa Cruz, como vazamentos, desabastecimento e consertos do pavimento, Fabiano Dallazen mostrou como o consórcio trabalha em outros municípios onde detém a concessão. Segundo ele, a intenção é automatizar os processos e monitorar as redes em tempo real. “Será um investimento muito grande em tecnologias que vão nos ajudar nas tarefas, além da substituição daquilo que está obsoleto.”
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Já em relação aos danos provocados na pavimentação, ele falou em qualificação das contratadas para que prestem um serviço melhor. “Por vezes, o processo licitatório impunha a contratação de empresas que já tinham apresentado problemas anteriormente. Na iniciativa privada isso não acontece, ela é mais rápida e eficiente nesse sentido.” Além disso, Dallazen observou a necessidade de evitar o retrabalho e o desperdício de recursos para corrigir intervenções feitas de maneira incorreta.
“O trabalho do Município e da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst) vai ser exigir qualidade, rapidez e eficiência no cumprimento das metas e nas entregas.” Ainda sobre o contrato, reforçou a exigência de readequação para cumprir as metas do Marco Legal do Saneamento e também devido à mudança de uma relação entre entes interfederativos (Município e estatal) para uma concessão de prestação de serviço a uma empresa privada. Sobre as tarifas praticadas atualmente, reafirmou a intenção de que não haja aumento.
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Por fim, garantiu que o santa-cruzense pode esperar os aportes financeiros necessários para atingir as metas de tratamento e coleta de esgoto e redução das perdas de água, além de uma qualificação do modo de operação. “Posso afirmar que essa melhoria orçamentária, operacional e a redução das amarras vão resultar em um serviço de melhor qualidade e eficiência, o que será percebido já nos próximos meses.”
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Criada em 2010, a Aegea é líder no setor privado de saneamento básico no Brasil, com mais de 30 milhões de clientes em 489 municípios de 13 estados. Em dezembro do ano passado, foi a vencedora do leilão e adquiriu a Corsan por R$ 4,1 bilhões, mas só pôde assumir o controle da companhia em agosto deste ano, devido a sucessivos processos judiciais movidos por sindicatos e outras instituições contrárias à privatização.
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Colaborou Ronaldo Falkenback
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