Com a privatização da Corsan, a Aegea teve que buscar uma adequação no contrato firmado com Santa Cruz em 2014. A intenção é prever a necessidade de investimentos para atender as metas estabelecidas no Marco Legal do Saneamento. O aditivo amplia os recursos a serem empregados no município para R$ 555 milhões. A coleta e tratamento de esgoto, que hoje chega a pouco mais de 25% da área com cobertura do serviço de água, deve passar para 57% em dezembro de 2028 e atingir 90% em dezembro de 2033. Já a redução no volume de perdas entre o tratamento de água e a distribuição para os usuários, que atualmente está em 63%, precisa baixar para 44% em dezembro de 2028 e cair para 30% em dezembro de 2033.
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Com exclusividade, a Aegea detalhou para a Rádio Gazeta quais são as principais intervenções previstas. Do montante financeiro a ser investido em Santa Cruz, a maior parte vai para a ampliação da rede de coleta e tratamento de esgoto, principalmente na execução de novas redes e ramais. A previsão é de implantar 400 quilômetros de tubulações coletoras para atender mais 32 mil residências. O projeto ainda contempla estações elevatórias que vão permitir que o esgoto seja encaminhado para a estação de tratamento, principalmente em locais onde existe desnível em função do relevo nos bairros.
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Um dos maiores investimentos na área do esgotamento sanitário é a implantação de uma nova Estação de Tratamento de Esgoto. Ela vai ter capacidade para tratar até 400 litros por segundo. Santa Cruz conta hoje a estação Pindorama, que trata 120 litros de esgoto por segundo e comporta até 30 mil ligações.
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Em relação ao fornecimento e abastecimento de água, a nova dona da Corsan projeta a implantação de novos reservatórios, instalação de estações de bombeamento, novas redes e projeta de reforço para regiões de Santa Cruz que estão em crescimento. Além disso, deve ser concluída a obra da nova estação de tratamento de água. A construção chegou a 40% do cronograma. Ela vai ter capacidade para tratar até 800 litros por segundo e fica na Rua Bruno Agnes, no Bairro Bom Jesus. Isso é praticamente o dobro da atual, localizada no Bairro Pedreira. A previsão é de inauguração em abril do ano que vem, com entrada em operação plena até o fim de 2024. O investimento é de R$ 39 milhões.
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Ainda segue a instalação de uma nova adutora para levar água tratada para Linha Santa Cruz e o reforço de redes para Linha João Alves. Sobre o alto índice de perdas, hoje na casa de 60% em Santa Cruz, a Aegea promete intensificar a substituição de redes antigas e deterioradas, implantar novos dispositivos de controle e redução de pressão nas redes, substituir hidrômetros, renovar macromedidores e reforçar a fiscalização para combater o furto de água.
De acordo com o novo aditivo, o investimento de R$ 555 milhões em Santa Cruz se consolida como o maior aporte financeiro projetado pela empresa privada no Rio Grande do Sul. Como a alteração no contrato precisa passar pela aprovação da Câmara de Vereadores para ser assinada, o Legislativo já convocou uma sessão extraordinária para analisar o assunto. O encontro está programado para a próxima segunda-feira, às 14h30.
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