O último réu acusado de envolvimento em um dos assassinatos de maior repercussão em Santa Cruz do Sul recentemente sentará no banco dos réus nesta quinta-feira, 15. O advogado Renato Andrade Ferreira, de 36 anos, é apontado pela Polícia Civil e Ministério Público (MP) como mandante do homicídio de Tiago Aliandro Kohlrausch, de 30 anos, em setembro de 2019.
A sessão iniciará às 9h30 e será presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. Sete jurados vão ser sorteados para compor o conselho de sentença. A advogada Tatiana Borsa faz a defesa de Renato. O promotor Gustavo Burgos de Oliveira representará o MP. O advogado da família da vítima, Frederico Eick Martins, deve ocupar parte do tempo destinado à Promotoria no júri.
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Esse é o terceiro julgamento marcado para o mesmo réu. A sessão estava prevista inicialmente para ocorrer no dia 18 de abril, mas Ferreira sofreu um infarto enquanto se deslocava a Santa Cruz. Ele foi internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, não comparecendo ao júri. Em razão disso, atendendo a apelo da defesa, com concordância do MP, o processo foi cindido.
Após a paralisação do Judiciário em razão das enchentes, o julgamento foi remarcado para 11 de julho, mas precisou novamente ser alterado em razão de outra audiência que a advogada Tatiana Borsa, representante de Renato no processo, havia agendado previamente. Agora, espera-se que o caso se encerre nesta quinta-feira. Os outros dois réus já foram condenados.
Patrícia D’Ávila da Luz, de 24 anos, foi sentenciada a 16 anos de prisão em 15 de setembro de 2021. Essa pena foi posteriormente revertida para 13 anos e nove meses pelo Tribunal de Justiça do Estado, atendendo a apelo da defesa. Já Gabriel Nascimento da Luz, de 55 anos, que é tio de Patrícia, foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão no dia 18 de abril. Renato também seria julgado nessa sessão, mas ele não compareceu devido ao infarto.
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O crime aconteceu na noite de 23 de setembro de 2019, uma segunda-feira, às 19h45. Tiago Aliandro Kohlrausch, que era mecânico concursado da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, morreu com quatro tiros de pistola calibre 380 efetuados por matadores de aluguel, na garagem da casa dele, na Rua Walder Rude Kipper, Loteamento Motocross, Bairro Arroio Grande.
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Renato e sua companheira na época, Patrícia D’Ávila da Luz, foram indiciados pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) por homicídio triplamente qualificado. Patrícia é mãe do único filho de Tiago, que tinha 1 ano e 5 meses na época – hoje a criança está com 6 anos. Conforme as conclusões do delegado Alessander Zucuni Garcia, em um inquérito de 350 páginas, a mulher e o padrasto da criança planejaram e coordenaram o assassinato do funcionário público.
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O objetivo seria afastar o pai biológico do filho. Gabriel Nascimento da Luz, tio de Patrícia e morador de Santa Cruz, teria levado os matadores contratados até a casa de Thiago. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. Os dois executores, que seriam de uma facção criminosa da Região Metropolitana, jamais foram localizados.
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