O advogado de defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marcelo Nobre, disse hoje (7) que, para o Conselho de Ética investigar denúncias diferentes das que motivaram a abertura de processo contra seu cliente, será necessária a abertura de um novo processo. A declaração foi feita após integrantes do conselho levantarem suspeitas de que Cunha teria sido destinatário de transferências bancárias internacionais feitas por meio de contas do empresário Leonardo Meirelles, dono do laboratório Labogen.
Durante audiência pública hoje (7) na Câmara dos Deputados, Meirelles disse que o doleiro Alberto Youssef usava contas de suas empresas para receber e repassar valores. Ele disse ter ouvido, do próprio doleiro, que Cunha seria o beneficiário de algumas das transações feitas a pedido de Youssef.
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O advogado de Cunha disse, após o depoimento de Meirelles, estar surpreendido com o fato de um delator ser ouvido “por fatos que não dizem respeito à imputação [de Cunha]”. Disse também estar percebendo que “relator e alguns membros [do conselho] estão fazendo uma ginástica” para que a imputação não fique restrita à que foi aprovada pelos deputados. “Não vão conseguir porque a lei não permite. Se houver qualquer outro fato que venha a aparecer durante a investigação, eles têm de investigar e abrir um outro processo”, afirmou o advogado.
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