Regional

Adolescente apreendido ameaçava matar moradores que denunciassem casos à polícia

A resposta veio rápido. Dez dias depois de uma das ocorrências mais graves registradas na região este ano, em que um homem de 20 anos foi sequestrado em casa e torturado dentro de um carro com barras de ferro e até golpes de espada samurai, o bando apontado como responsável pelas agressões foi capturado. O grupo criminoso foi alvo da chamada Operação Tormentum – tortura, em latim –, deflagrada pela Polícia Civil de Vera Cruz nessa terça-feira, 2, pela manhã.

A Gazeta do Sul acompanhou com exclusividade o cumprimento dos mandados, por volta das 6 horas. A investigação tem como pano de fundo o tráfico de drogas, pois os alvos da operação foram três jovens, de 17, 18 e 25 anos, capturados em Santa Cruz do Sul e que cometeram a tortura porque a vítima teria denunciado um traficante recentemente.

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Em entrevista à Gazeta do Sul, a delegada Lisandra revelou alguns bastidores do caso. O rapaz de 20 anos, vítima da tortura, foi agredido e quase morto apenas pela mera suspeita de ter denunciado o líder do bando. “Na verdade, ele nunca denunciou esse traficante. Chegamos nele na ocorrência anterior em virtude da extorsão que ele vinha cometendo, que nós apuramos e o responsabilizamos. Esse grupo preso cometeu essa grave violência apenas por achar isso”, comentou Lisandra.

“Ficou muito claro o crime de tortura como forma de castigo, em razão da prisão desse traficante que é o mandante do crime e já tem antecedentes por delitos do tipo. Esse rapaz não morreu por um detalhe, num momento de distração dos sequestradores e dos outros que estavam na casa para onde ele foi levado, pois um homicídio estava para acontecer naquele momento”, complementou.

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A chefe da Delegacia de Polícia de Vera Cruz ainda revelou detalhes sobre o adolescente apreendido, considerado perigoso. “Agia com violência. Foi autor de uma ocorrência recente em Vera Cruz, onde efetuou disparos de arma de fogo. Estava tocando o terror na comunidade, falando para moradores que se fossem denunciar na polícia iria matá-los. A resposta está aí. Esperamos que novas retaliações não aconteçam, mas se acontecerem, agiremos de novo.”

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Cristiano Silva

Cristiano Silva, de 35 anos, é natural de Santa Cruz do Sul, onde se formou, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em 2015. Iniciou a carreira jornalística na Unisc TV, em 2009, onde atuou na produção de matérias e na operação de programação. Após atuar por anos nos setores de comunicação de empresas, em 2013 ingressou no Riovale Jornal, trabalhando nas editorias de Geral, Cultura e Esportes. Em 2015, teve uma passagem pelo jornal Ibiá, de Montenegro. Entre 2016 e 2019, trabalhou como assessor de imprensa na Prefeitura de Novo Cabrais, quando venceu o prêmio Melhores do Ano na categoria Destaque Regional, promovido pelo portal O Correio Digital. Desde março de 2019 trabalha no jornal Gazeta do Sul, inicialmente na editoria de Geral. A partir de 2020 passou a ser editor da editoria de Segurança Pública. Em novembro de 2023 lançou o podcast Papo de Polícia, onde entrevista personalidades da área da segurança. Entre as especializações que já realizou, destacam-se o curso Gestão Digital, Mídias Sociais para Administração Pública, o curso Comunicação Social em Desastres da Defesa Civil, a ação Bombeiro Por Um Dia do 6º Batalhão de Bombeiro Militar, e o curso Sobrevivência Urbana da Polícia Federal.

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Cristiano Silva

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