Quase dois anos depois de um crime que chocou Candelária, dois homens acusados de envolvimento no homicídio do empresário Belmir Lovatto, conhecido como Gringo das Motosserras, estarão no banco dos réus. O júri popular está marcado para esta sexta-feira, 17, no Fórum do município, e será presidido pelo juiz Celso Fialho Fagundes, a partir das 9h30. O promotor Martin Albino Jora será responsável pela acusação.
O crime ocorreu na manhã de 26 de abril de 2021, em frente à empresa de Lovatto, voltada ao conserto de motosseras. O estabelecimento ficava próximo ao ponto conhecido como Bico do Arado, no limite entre os bairros Princesa e Ewaldo Prass. Na época, a vítima tinha 65 anos. Ele foi morto por um atirador contratado por alguém que ainda não foi identificado. O assassino contou com a ajuda de outro homem durante a fuga, que foi preso no mesmo dia. O matador foi preso no dia 1º de maio de 2021.
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O Ministério Público denunciou dois homens: Igor Oliveira de Andrade, de 26 anos; e Sidirclei dos Santos Lopes, de 27 anos, também conhecido como Nirdinho. Atualmente, os dois estão no Presídio Estadual de Candelária e respondem por homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras – dispositivos que podem ampliar a pena – elencadas por paga ou promessa de recompensa e emboscada, dissimulação ou outro recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A defesa dos réus será feita pelos advogados Guilherme de Souza Centeno e José Vargas Lisboa.
Andrade já tem passagem pela polícia por outros homicídios, o que indicaria, segundo a investigação, ligação com uma facção criminosa.
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Segundo a acusação do Ministério Público, por volta das 7h45 do dia 26 de abril de 2021, Igor Oliveira de Andrade e Sidirclei dos Santos Lopes mataram Belmir Lovatto a tiros, na Rua Botucaraí, no Bairro Pôr-do-Sol, em Candelária. A vítima foi atingida na região das costelas, na perna direita e nas duas mãos. De acordo com o laudo da perícia, os ferimentos ocasionaram perda de grande volume de sangue, levando-o à morte.
No dia do crime, segundo a investigação, Lopes levou o comparsa em um automóvel Prisma branco até as proximidades do local do assassinato. O objetivo era matar Lovatto. Andrade, então, se deslocou a pé até o estabelecimento da vítima, que era anexo à residência dela. O empresário estava em frente ao imóvel e foi surpreendido pelo atirador, que disparou inúmeras vezes. A arma de fogo utilizada não foi localizada pela Polícia Civil.
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Andrade fugiu a pé, em direção à Rua Roberto Kochenborger, no Bairro Princesa, onde Lopes o aguardava com o Prisma, para dar sequência na fuga. Essa movimentação foi flagrada por câmeras de seguranças instaladas na região. A investigação apontou que os dois acusados foram contratados por um ou mais mandantes ainda não identificados.
Pouco mais de um mês antes de morrer, Lovatto havia matado Hildor Durrewald com um revólver calibre .36, após um desentendimento. Os dois eram vizinhos e, segundo Belmir Lovatto, que chegou a confessar o crime, ele agiu em legítima defesa. Segundo depoimentos colhidos pela Polícia Civil, os dois nutriam uma rixa antiga.
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