Uma nova página do caso Ana Paula está prestes a ser escrita. Em agosto, a Justiça deve decidir se o suspeito pelo assassinato da garota vai ou não enfrentar o júri popular. No final do mês passado foi feita uma intimação para a defesa e a acusação prestarem as suas alegações finais. Se a juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, da 1º Vara Criminal, entender que existem provas suficientes, vai levar o réu para julgamento. No entanto, caso essa seja a decisão, ainda caberá recurso.
Em dezembro de 2012 a jovem Ana Paula Sulzbacher, de 15 anos, foi encontrada morta na base do Morro da Cruz. Após sair da casa de seus pais, no Bairro Margarida, ela foi atirada de cima do Parque da Santa Cruz com vida, após uma tentativa de estupro, e morreu devido aos ferimentos causados pela queda. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) chegou a dois suspeitos através do rastreamento do celular da vítima e de escutas telefônicas. Eles foram presos temporariamente por 30 dias, mas surgiram provas de que apenas um deles teria cometido o crime.
Em março de 2013 o suspeito foi detido e, após um mês na prisão, foi liberado. Porém, o suposto assassino, um pedreiro nascido em Vera Cruz e criado em Santa Cruz do Sul, teria voltado a matar menos de um ano após o crime que vitimou Ana Paula. Ele foi apontado como o autor da morte de Leodete Aparecida da Silva, em um caso que tem semelhanças com o homicídio da garota no Morro da Cruz.
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Após depoimento de testemunhas, resultado da perícia e estudo, a juíza responsável deve decidir em agosto se haverá ou não um júri popular sobre o caso. Segundo a assessoria da 1ª Vara Criminal, a greve dos servidores do Judiciário do Estado atrasou o processo, que deveria ter um novo encaminhamento já neste mês. Mesmo assim, confirma que logo sairá a decisão. Isso porque em 26 de junho foi encaminhada a intimação para a defesa e a acusação darem suas alegações finais. A assessoria ressalta que, se a juíza entender que o réu deve ir a julgamento, a defesa do acusado ainda poderá solicitar recurso caso entenda ser necessário. O nome do acusado não foi divulgado pois a legislação determina sigilo judicial em todos os crimes contra a dignidade sexual.