Já está atrás das grades Servo Tomé da Rosa, de 69 anos, autor do assassinato de Heide Juçara Priebe, de 63. O caso de feminicídio que chocou Santa Cruz do Sul aconteceu por volta das 17 horas da última sexta-feira, 8, na Travessa Tenente Barbosa, no Centro. Enquanto caminhava e tentava fugir da abordagem agressiva do ex-companheiro, a mulher foi baleada por ele.
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O autor atirou à queima-roupa contra Heide. Um disparo teria acertado a cabeça e outro o braço. Depois, o homem tentou se matar com um tiro no peito. Levada ao Hospital Santa Cruz (HSC), ela passou por cirurgia, mas acabou falecendo por volta das 22 horas de sexta. Ele, que chegou a ser preso pela Brigada Militar (BM) após o assassinato, também foi conduzido à casa de saúde, onde recebeu atendimento. Desde sexta-feira, Servo já estava sob custódia no hospital.
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De imediato, logo após o crime, o delegado plantonista Marcelo Chiara Teixeira solicitou ao Judiciário a conversão da prisão, de flagrante para preventiva. O pedido foi acatado e, às 17 horas de ontem, o homem deixou o HSC algemado, sob escolta da Polícia Civil e de uma guarnição do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM). Dentro de um veículo da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), foi encaminhado ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. O nome dele não foi revelado pelas autoridades, mas a Gazeta do Sul apurou que é Servo Tomé da Rosa.
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A Gazeta do Sul acompanhou com exclusividade ontem as diligências das forças de segurança que conduziram Servo Tomé da Rosa ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Em frente ao HSC, a delegada Raquel Schneider falou com a reportagem.
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Segundo a responsável pela Deam, o autor foi interrogado por ela e pelo comissário Orlando Brito de Campos Júnior na manhã dessa segunda-feira, 11, na casa de saúde. “Em seu depoimento, ele nos contou uma ordem cronológica dos fatos, exatamente o que foi verificado nas imagens que circularam desde o crime”, disse Raquel. Em vídeo publicado pelo Portal Gaz ainda na sexta-feira, é possível ver o momento em que Servo Tomé da Rosa efetua os disparos com um revólver calibre 22 contra Heide Juçara Priebe.
Conforme a delegada, o autor confessou o crime. Raquel ainda esclareceu que o delito é tratado como passional, já que a motivação, alegada por Rosa, é de que não aceitava o fim do relacionamento. O autor não tinha porte para o revólver 22 empregado no crime. “Ele usou uma arma antiga que, segundo o que nos disse, teria herdado do pai, guardava com ele e não tinha registro.” O revólver será periciado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
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Servo Tomé da Rosa será indiciado pelo crime de homicídio qualificado. A qualificadora – dispositivo que pode ampliar a pena – foi elencada pelo feminicídio. “Temos a autoria esclarecida, e estamos juntando o maior número possível de provas para encaminhar o inquérito ao Poder Judiciário. Aguardamos também o exame de necropsia e vamos tomar depoimentos de testemunhas que presenciaram o fato”, complementou a delegada Raquel Schneider.
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