Foi preso em flagrante, nesta quinta-feira, 24, pela manhã, o coordenador da Casa de Passagem de Encruzilhada do Sul, de 43 anos. Ele é acusado de estupro de vulnerável. O crime teria sido contra uma menina de 12 anos, residente do local. A captura foi realizada pela Polícia Civil na casa dele, onde a vítima também estava. Os nomes dos envolvidos foram mantidos em sigilo pelas autoridades policiais.
O delegado Róbinson Palomínio, titular da Delegacia de Encruzilhada do Sul, recebeu na noite dessa quarta-feira, 23, a informação de que o suspeito estaria levando a vítima para ir à costureira e entregar um trabalho da escola durante a manhã desta quinta. Ele teria inclusive pedido para que a vítima tomasse banho e ficasse cheirosa. A suspeita dos policiais é de que isso fosse um pretexto para que ele praticasse o abuso sexual na casa dele.
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Nesta manhã, a Polícia acompanhou discretamente o suspeito e o viram pegando a vítima na casa de passagem e a levando para sua casa no próprio carro. Eles entraram e saíram após aproximadamente 20 minutos. Os agentes policias fizeram a abordagem e levaram ambos para a delegacia. O delegado Róbinson Palomínio pedirá ao Poder Judiciário que o suspeito permaneça preso enquanto a investigação continua.
Em nota, a Prefeitura de Encruzilhada do Sul afirma abominar “todo e qualquer tipo de atitude que desrespeite a infância e os direitos humanos”. O governo municipal reiterou, também, o apoio para a investigação e a elucidação dos fatos e comunica que o servidor envolvido foi exonerado.
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A Polícia Civil começou a investigação do caso no início deste mês, e apurou que o suspeito saía frequentemente com a vítima no próprio carro, algo que dificilmente era feito com outras acolhidas. Além disso, tratava a menina com privilégios em relação às demais, como, por exemplo, levando-a a um jogo de futebol em Porto Alegre, na véspera do dia dos namorados; assim como a levava para pintar o cabelo e fazer as unhas.
Na delegacia, a vítima foi acolhida por duas professoras da Casa de Passagem com quem tem carinho e intimidade, além de uma conselheira tutelar. Ela relatou que, poucos minutos antes da abordagem policial, teve relações sexuais forçadas com o suspeito. Segundo a menina, desde dezembro de 2022 os abusos aconteciam, tendo sido violentada mais de 30 vezes com ele, inclusive dentro da instituição onde era acolhida.
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