Tamara Cristina da Silva, de 26 anos, acusada pela Polícia Civil como mandante do homicídio do montador de móveis Maicon Natan Gonçalves Marques, de 32 anos, se apresentou às autoridades na manhã dessa segunda-feira, 5. Ela foi indiciada na última sexta-feira, 2, por homicídio triplamente qualificado e estava foragida. Acompanhada de um advogado, a mulher, que tem um filho de 2 anos fruto do relacionamento com a vítima e morava em Linha Arroio Grande, interior de Candelária, apresentou uma nova versão em seu depoimento.
À delegada Lisandra de Castro de Carvalho, ela disse que foi ameaçada pelo ex-padrastro Carlos Rech, de 48 anos, que atualmente está foragido e também foi indiciado pelo crime, para confessar o envolvimento dela como mandante. “Ela disse que o Carlos a havia ameaçado de morte, caso ela não dissesse que era a mandante”, disse Lisandra.
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Segundo a delegada, foram observadas algumas contradições na fala da acusada. “Esta foi a terceira versão que ela dá sobre a morte do marido. Na nossa investigação, ela continua sendo uma autora imediata do crime juntamente com o Carlos. Nos chamou a atenção também que em nenhum depoimento ela demonstrou emoção com a perda do marido”, complementou Lisandra.
“Seguimos as buscas para capturar o Carlos. Contamos com a colaboração da comunidade com denúncias”, finalizou a delegada titular da DP de Vera Cruz. O ex-padrasto de Tamara está com mandado de prisão preventiva em aberto e permanece como foragido da Justiça. Quem tiver informações sobre o paradeiro dele pode entrar em contato com a Delegacia de Polícia de Vera Cruz pelo telefone (51) 3718-1137, que também é WhatsApp. Esse mesmo número pode ser usado pela comunidade para denunciar crimes. O sigilo é mantido.
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Cinco pessoas estão envolvidas no crime, cometido a sangue frio, planejado e organizado ao longo de meses, que culminou no assassinato do montador de móveis Maicon Natan Gonçalves Marques na noite de 8 de novembro. Os detalhes foram revelados com exclusividade pela Gazeta do Sul. Um homem de 26 anos, amigo de infância de Tamara, que intermediou a negociação da morte, e outro de 31, que assassinou Maicon a tiros perto do trevo de Ferraz, após chamá-lo para um suposto trabalho, foram presos em Vera Cruz durante a Operação Quinto Mandamento, deflagrada em sigilo pela polícia em 24 de novembro.
Outro rapaz, de 28 anos, que adquiriu a motocicleta Honda CBX 200 Strada preta de Maicon, roubada no dia do homicídio, teria fornecido o revólver para a execução e, por ora, responde em liberdade. Tamara e o ex-padrasto dela, Carlos Rech, de 48 anos, teriam sido os mandantes do assassinato. Para os investigadores, o caso complexo revela que a autora teria usado o ex-padrasto para assassinar o companheiro, pois teria descoberto recentemente traições da vítima ao acessar mensagens no direct no Instagram do Maicon.
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“Com sentimentos de ódio e revolta, terminou convencendo o Carlos, no nosso entendimento, a ajudá-la no plano maquiavélico”, salientou a delegada, ao final do inquérito, na sexta-feira passada. Carlos havia sido condenado por ter estuprado Tamara ainda quando ela era adolescente, com 16 anos. Atualmente, ele cumpria pena restritiva de liberdade, por meio de monitoramento por tornozeleira eletrônica, em virtude desse delito.
Contudo, na última quarta-feira, 30, os agentes foram até a casa dele, em Linha Passa Sete, interior de Candelária, para tomar depoimento, mas ele acabou fugindo. Na ocasião, os policiais apreenderam uma espingarda furtada na propriedade. Na mesma tarde, o homem de 48 anos rompeu a tornozeleira eletrônica e entrou na condição de foragido da Justiça. Carlos é parente do amigo de infância de Tamara, de 26 anos, que também está envolvido no caso.
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Além disso, os agentes apuraram um vídeo enviado pelo autor da execução, de 31 anos, no dia 5 de novembro – três dias antes do crime – para o parente de Carlos repassar a ele, em que mostra como isolar a tornozeleira eletrônica. Os cinco vão responder por homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de paga ou promessa de recompensa e motivo torpe; meio cruel e emboscada, dissimulação ou outro recurso que impossibilita a defesa da vítima.
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