Acordo viabiliza identificação de variantes da Covid-19 no Vale do Rio Pardo

O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc) assinaram na manhã dessa sexta-feira um acordo de cooperação para viabilizar a identificação de variantes genéticas do vírus Sars-CoV-2, agente infeccioso responsável pela pandemia de Covid-19. Com a parceria, será possível analisar, inicialmente, 150 amostras nos laboratórios da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

O objetivo do projeto, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde da Unisc, é determinar qual a linhagem do vírus com maior predominância na região e o comportamento dos infectados, em relação ao nível de gravidade. As informações serão importantes para mensurar o impacto do vírus em cada um dos 17 municípios do Cisvale e ajudar na prevenção de casos mais graves.

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Professor da Unisc, o médico infectologista Marcelo Carneiro salientou que trata-se de uma continuidade das ações realizadas ao longo da pandemia, iniciadas com um estudo epidemiológico de sorologia para determinar quem já havia sido infectado pelo vírus, ampliação dos testes RT-PCR, adoção dos exames de antígenos na volta às aulas da Unisc e ainda os testes de monotipagem, para reconhecimento do tipo de vírus em circulação na região.

Após um estudo populacional, cada município terá uma proporção dentro das 150 amostras previstas inicialmente. Dessa forma, será possível identificar a principal variante circulante do vírus. Na sequência, cada município receberá um boletim de condutas baseado nos resultados. A iniciativa conta com recursos financeiros da Philip Morris, representada no ato pelo gerente de Logística, Felipe Teloeken. A Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) prestam apoio.

Carneiro aponta que a pandemia está em declínio, com uma redução no número de óbitos, apesar do aumento no contágio. “Vale lembrar que a mortalidade caiu, mas não zerou. Ainda há riscos de casos graves e necessidade de internação. A vacinação, a máscara e o distanciamento funcionam. Mas é importante salientar que a imunidade é diferente em cada pessoa. Por isso, algumas possuem maior risco de desenvolver um caso grave.”

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“Trabalho fundamental”

Prefeito de Rio Pardo e presidente do Cisvale, Edivilson Brum exaltou mais uma parceria com a Apesc. “A Unisc está desenvolvendo um trabalho fundamental no enfrentamento da pandemia. Sentíamos a necessidade da análise das variantes na abrangência do Cisvale. Teremos maior agilidade para atender da melhor forma em cada município. Com informações, podemos nos planejar e ajudar as comunidades”, destacou. Brum ainda enfatizou a responsabilidade social da Philip Morris como financiadora do projeto. “Todos os envolvidos estão de parabéns. Passamos por muitas coisas nos últimos dois anos e tivemos muitos aprendizados.”

Reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn acredita que o projeto demonstra a capacidade da universidade. “É importante ressaltarmos que somos uma instituição comunitária. Temos excelentes pesquisadores na área da saúde. Utilizamos a ciência para resolver problemas da sociedade”, comentou. Presidente da Apesc, Carmen Lúcia de Lima Helfer exaltou a tríplice hélice formada pela integração do poder público com a universidade e o setor privado. “A população de cada município vai ganhar com o monitoramento da movimentação do vírus, que já ocorre em etapas desde 2020. As informações geradas vão embasar decisões de cada prefeitura.”

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