Após um dia inteiro de negociações no Tribunal Superior do Trabalho (TST), funcionários da Petrobrás chegaram nessa sexta-feira, 21, a um acordo com a estatal para por fim à greve que já durava 20 dias. Entre os termos acordados estão a redução na multa aplicada aos sindicatos – de R$ 58,2 milhões para R$ 2,47 milhões – e o desconto no salário de funcionários referente à metade dos dias não trabalhados.

Segundo o ministro do TST Ives Gandra, que mediou o acordo, a principal reivindicação dos grevistas foi atendida. Os funcionários queriam que a empresa estabelecesse uma tabela de turnos de acordo com a conveniência de cada trabalhador. “O motivo da greve foi resolvido, que era a tabela de turnos”, afirmou Gandra após a reunião, na sede do tribunal, em Brasília. Representantes dos sindicatos afirmaram que a grade estabelecida pela estatal era prejudicial e desrespeitava o acordo coletivo.

Eles afirmam, porém, que a paralisação, na verdade, foi motivada pela demissão de cerca de mil trabalhadores na Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras no Paraná que terá suas atividades encerradas. Os primeiros desligamentos aconteceriam no dia 14 de fevereiro. Esse capítulo, no entanto, não foi encerrado nessa sexta. O acordo fechado prevê que os sindicatos e a Petrobras sentem novamente para negociar no próximo dia 27.

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