Em entrevista exclusiva à Rádio Gazeta na tarde desta quarta-feira, 29, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que os números mais recentes de internações em UTIs podem indicar uma “perda de velocidade” da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Sul. Leite alegou, no entanto, que ainda é cedo para que isso seja tomado como uma tendência.
Conforme Leite, após o aumento na demanda por internações nas primeiras semanas de julho – o que coincide com os picos de outras síndromes respiratórias em anos anteriores –, o governo vem observando sinais de recuo nos últimos dias. “Ainda é cedo para confirmar como uma tendência, mas temos observado uma perda de velocidade nesse aumento ao longo das últimas semanas. Nos últimos dias, até uma redução na demanda de leitos de UTI. Ainda é elevado, mas vem reduzindo o número de casos confirmados”, disse. Segundo o governador, caso o ritmo se mantenha, o Estado pode ter um agosto “menos tenso do que foi esse mês de julho”.
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Leite disse ainda que as situações que mais preocupam o Estado neste momento são as regiões Metropolitana, Serra e Norte, devido a um volume de internações ainda muito elevado, mas que isso não significa que as demais regiões estejam livres de uma eventual nova onda de casos confirmados. “Na Região dos Vales, houve até um aumento no número de casos nos últimos 10 dias, mas ainda sem observar uma tendência de crescimento que gere uma preocupação maior, tanto é que nós atendemos os recursos e evitamos a bandeira vermelha”, alegou.
O governador disse que espera receber até o início da próxima semana uma resposta da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) em relação à proposta de alteração no modelo de distanciamento controlado de forma a aumentar a autonomia das prefeituras e associações regionais na definição das restrições.
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Na última sexta-feira, 24, o Piratini anunciou que Leite testou positivo para Covid-19. Na entrevista, ele alegou que teve dores de cabeça e garganta durante o fim de semana, mas que agora está “sem maiores sintomas”. “Desde segunda-feira não tenho precisado tomar qualquer analgésico e estou trabalhando normalmente, mas sem contato com assessores. Estou isolado”, disse.
A entrevista completa será publicada na edição desta quinta-feira, 30, da Gazeta do Sul.
Ouça a entrevista na íntegra:
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