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Acompanhe a rotina em um ônibus urbano durante a pandemia

O programa Sala do Cafezinho, da Rádio Gazeta FM 107,9, pegou carona na manhã dessa terça-feira, 12, em uma das linhas de ônibus do Consórcio TCS para contar como tem sido utilizar o serviço em Santa Cruz do Sul em meio à pandemia do novo coronavírus. O roteiro Centro-Menino Deus é um dos mais movimentados, segundo o próprio TCS. No trajeto, feito em 1h15, partindo da superparada Central, atrás do Colégio Marista São Luís, até a parada do Correio, na Rua Venâncio Aires, já no trecho de volta, exemplos de respeito às regras de segurança e isolamento social, bem como histórias de adaptação ao número reduzido de horários e linhas, são a realidade dos passageiros que utilizam o transporte público.

Lucas Lopes é representante da TC Catedral, empresa que participa do consórcio TCS, e foi ele quem acompanhou a viagem feita pela Rádio Gazeta. Lopes conta que, assim que as novas regras de circulação foram implementadas, para evitar a aglomeração de passageiros no ônibus, o roteiro precisou de reforços em determinados horários. “Tivemos de fazer alguns ajustes, pois não é possível transportar algum passageiro em pé, apenas na lotação de assentos”, explicou.

No ônibus, equipado com álcool em gel, janelas estão destravadas; porém, parte delas fechada. Ontem, em função das pancadas de chuva, as janelas precisaram ser parcialmente fechadas. “Nós liberamos as janelas, para que os passageiros possam abri-las, mesmo nos carros em que estes acessos eram lacrados”, reforçou Lopes. O representante acompanhou a Gazeta com a intenção de mostrar como é a rotina dos usuários em meio às medidas de restrição e de controle da pandemia, assim como as dificuldades geradas para a prestação do serviço por conta da redução nos horários de ônibus.

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O que a Gazeta viu
Na superparada Central, o bebedouro está interditado, conforme o Município já havia divulgado no início da pandemia. Os passageiros respeitam o distanciamento ao esperar o ônibus, e todos estão de máscaras. No local há também um dispositivo que libera álcool em gel para os passageiros usarem.

No ônibus guiado pelo motorista José Felix, ao lado do cobrador Sedimar Brito, há álcool em gel para uso dos passageiros. Uma placa anuncia, junto à porta da frente do coletivo, que o produto está à disposição dos passageiros.

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Todos os passageiros usam máscaras e não há resistência quanto ao uso do equipamento de segurança. Os usuários também evitam aglomerações. A regra para o transporte é que não haja passageiros em pé no ônibus; porém, é possível que nos bancos que são para duas pessoas um sente ao lado do outro. Na viagem feita pela Gazeta, os usuários sentaram-se sozinhos, evitando aglomeração.

A plataforma usada para que o ônibus estacione em frente à superparada deve ser utilizada apenas por ônibus, para a entrada e a saída de passageiros. Enquanto a reportagem estava no local, transmitindo para a Rádio Gazeta, um automóvel que passou em alta velocidade molhou todos os que estavam na entrada do terminal.

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Redução de horários e linhas gera queixas entre os usuários
Durante a viagem, todos os passageiros ouvidos relataram problemas gerados pela redução de horários. Ainda na superparada, a moradora Maria Limberger, do Bairro Progresso, dizia que o tempo de esperar pelo ônibus havia se tornado um inconveniente. “Antes, nós tínhamos linhas a cada 15 minutos, meia hora. Agora, só de hora em hora. Por isso, sempre é preciso estar antes na parada”, recomendou.

Giovani Fischborn, morador do Bairro Santa Vitória, trabalha em um supermercado no Centro. Nessa terça-feira, 12, ele foi trabalhar atrasado, pois não conseguiu pegar o ônibus, que veio antes, e, por isso, chegou com atraso à empresa. “Na minha opinião, esta é a maior dificuldade hoje. No resto, a gente se acostuma, como o uso da máscara, que é obrigatória em todos os lugares agora.”

Miriam Garcia, também moradora do Santa Vitória, confirmou já estar acostumada ao uso de máscara. Mesmo de óculos, e com o inconveniente de ficar com as lentes embaçadas, ela explicou que o problema é o horário do ônibus. “Eu trabalho em uma escolinha no Bairro Bom Jesus. Da minha casa até lá, preciso pegar dois ônibus. Eu tenho que sair antes para não perder o próximo”, frisou.

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O representante da TC Catedral, Lucas Lopes, disse que por conta da pandemia do novo coronavírus e das restrições do isolamento social, fechamento de comércio e rodízio de trabalho, a redução de linhas foi um movimento natural do transporte coletivo em todo o País. “Por isso, criamos a nova tabela, chamada de ‘Covid’, em consenso entre as empresas e o município. Após a implementação desta tabela, ampliamos o número de linhas, baseadas em reivindicações de usuários”, confirmou.

Lopes revelou que novos pedidos (caso representem grande parte dos usuários) precisam ser analisados em parceria com a Secretaria Municipal de Transportes, Serviços e Mobilidade Urbana, o órgão que pode emitir uma ordem de serviço e, assim, ampliar o número de linhas e destinos do transporte.

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