A preservação do Cinturão Verde segue em debate em Santa Cruz do Sul. Reuniões têm ocorrido desde o início do ano, principalmente depois que o Ministério Público (MP), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Santa Cruz do Sul, instaurou um Procedimento Administrativo (PA) com o objetivo de realizar ações para a preservação e recuperação do Cinturão. O próximo encontro está marcado para o dia 7 de abril.
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Segundo o presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente, Fábio Roberto Azevedo, desde que o escritor e ambientalista José Alberto Wenzel listou as 17 proposições para recuperação e preservação do Cinturão Verde, e sobretudo após o procedimento do MP, o Conselho passou a tratar com outras entidades. “Achamos muito importante o Ministério Público se envolver porque isso dá mais força”, diz.
Azevedo salienta que agora a ideia é mobilizar outros conselhos e também o Comitê Pardo. “Sabemos que é um processo demorado, mas acreditamos que é muito importante fazer um Plano Municipal de Mata Atlântica, que envolve mais do que o Cinturão, para assim conseguir verbas para realizar a remarcação e implementar ações de educação ambiental. Antes precisamos que o Município queira fazer. Por isso, para a próxima reunião já convidei o secretário do Meio Ambiente”, observa.
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Entre as proposições apresentadas por José Wenzel está realizar um novo mapeamento do Cinturão Verde, já que o último é datado de 1994, isto é, está prestes a completar 30 anos. Além disso, ele lista ações como ouvir os órgãos públicos e privados, associações, movimentos, conselhos, educandários e população; realizar um levantamento planialtimétrico atualizado da área e suas adjacências; remarcar, tornando visíveis e identificáveis os marcos, e estabelecer um plano gerencial interfacial; despertar e aprofundar o sentimento de pertencimento; criar um fundo; reforçar a vigilância constante e a pesquisa.
O ambientalista diz estar otimista com os passos que vêm sendo dados para atender às proposições de recuperação e preservação do Cinturão. “Precisamos, também, enxergar a cidade e o interior como um todo que se insere no bioma Mata Atlântica”, salienta Wenzel.
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Ele ressalta que agora é preciso continuar trabalhando para se chegar à remarcação. “O primeiro ponto, decisivo, é envolver a comunidade no processo, tanto tecnicamente quanto afetivamente”, acrescenta Wenzel. A próxima etapa, conforme o Conselho Municipal de Meio Ambiente, além da reunião do dia 7, é a criação de um grupo de trabalho e a montagem de um plano de ação.
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