Esta terça-feira, 18, marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Mesmo com as ações afetadas pela pandemia, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul organiza atividades de conscientização sobre o tema. A Comissão Municipal do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, vinculada à Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Esporte, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, vai desenvolver ações de sensibilização durante este mês, conhecido como Maio Laranja.
As equipes realizarão a entrega de folhetos informativos sobre a rede de proteção e com canais para denúncias. Também será entregue material de apoio para os professores, máscaras e orientações sobre o zika vírus e dengue para os alunos das redes estadual e municipal, para as famílias atendidas pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Conselho Tutelar, Escritório de Defesa dos Direitos da Mulher, Cozinhas Comunitárias, Cadastro Único e Cooperativa de Catadores e Recicladores.
Para a conselheira tutelar Janete Franken, a maioria dos casos de violação de direitos de crianças e adolescentes acontece por desinformação. Portanto, quanto mais pais e responsáveis tiverem ciência de suas responsabilidades, menos danos serão causados aos menores. Em 2020, o Conselho Tutelar de Santa Cruz recebeu 277 denúncias. O órgão encaminhou 530 ofícios e realizou 147 encaminhamentos. Apenas no ano passado, os conselheiros atenderam 28 casos de abuso sexual, 453 de evasão escolar e sete de trabalho infantil. Até o mês de abril, 2021 já soma 291 atendimentos por telefone e 140 presenciais.
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Sinais que ajudam a identificar o abuso sexual
A vítima que foi agredida sexualmente pode não deixar transparecer nenhum sinal físico, mas a grande maioria apresenta os seguintes sinais e sintomas:
– Mudança no comportamento: a pessoa era muito extrovertida e passa a ser muito tímida.
– A criança ou adolescente evita o contato social e prefere ficar sozinho.
– Choro fácil, tristeza, solidão, angústia e ansiedade.
– Quando a vítima é uma criança, pode até mesmo adoecer.
– Inchaço, vermelhidão, laceração ou fissuras nas partes íntimas;
– Rompimento do hímen, em meninas e mulheres que ainda não tinham contato sexual.
– Perda do controle da urina e das fezes devido a fatores emocionais ou frouxidão dos músculos dessa região, devido ao estupro.
– Coceira, dor ou corrimento anal ou vaginal.
– Marcas roxas pelo corpo e também nas partes íntimas.
– Sintomas de doenças sexualmente transmissíveis.
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Contatos para denúncia em Santa Cruz do Sul
Conselho Tutelar: (51) 3713 3700
Plantão Conselho Tutelar: (51) 98444 7964
Creas Acolher: (51) 3715 8068 e (51) 3711 2465
Abordagem Social: 153
Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA): (51) 3711 4513
Brigada Militar: 190
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A origem da data
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído no Brasil pela Lei número 9.970, para marcar a data da morte da menina brasileira Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de 8 anos. Após desaparecer da escola onde estudava, a criança foi violentada e assassinada de forma hedionda em Vitória (ES), em 18 de maio de 1973.
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Saiba mais
A violência sexual de crianças e adolescentes pode ocorrer em várias idades e em todas as classes sociais, de várias formas. O abuso sexual acontece quando a criança ou adolescente é utilizado por adulto, ou até por um adolescente, na prática de algum ato de natureza sexual. Já a exploração sexual ocorre quando crianças e adolescentes são utilizados com propósito de troca ou de obtenção de lucro financeiro ou de outra natureza em turismo sexual, tráfico, pornografia ou também em rede de prostituição.
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