A situação de calamidade da RSC-153 não é novidade para os motoristas do Vale do Rio Pardo. No entanto, os problemas têm se intensificado e os acidentes ocorridos nesta semana são a prova do perigo que é trafegar pela rodovia. Na terça-feira pela manhã, uma condutora perdeu o controle do veículo e acabou capotando próximo ao acesso a Linha Branca, interior de Sinimbu. Horas depois, à noite, o motorista de uma carreta bitrem perdeu o controle e desceu uma ribanceira em Pinhal São Francisco, interior de Gramado Xavier.
Motorista da Prefeitura e também vereador de Gramado Xavier, Enoir Mueler, o Kito, trafega regularmente pela 153 desde a inauguração, em 2010. Segundo ele, dirigir pela via se tornou um teste de paciência. “É estressante, eu fico tenso e nervoso na direção porque não sei o tamanho dos buracos. Aqueles que eram pequenos, de um dia para o outro ficam grandes, e os que eram grandes se tornam crateras”, afirma. As medições feitas por ele mostram alguns desníveis com mais de um metro de comprimento e 40 centímetros de profundidade.
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Ele é membro da comissão Avante 153, que busca pressionar as lideranças políticas regionais e o governo estadual a tomarem providências para recuperar a rodovia, vista como fundamental para os municípios de Vale do Sol, Sinimbu, Barros Cassal, Herveiras e Gramado Xavier, além de ser um importante corredor de exportação da Região Norte do Estado até o porto de Rio Grande. “É uma situação preocupante para todos, esperamos que o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) venha tapar esses buracos antes que os acidentes sejam fatais.”
Além das reuniões periódicas, a comissão pretende mobilizar a comunidade e bloquear o trânsito da RSC-153 no dia 5 de julho como forma de protesto. “Na terça-feira teve o capotamento desse bitrem, todo dia tem um acidente ou veículo com problemas mecânicos em razão das más condições do pavimento. Queremos evitar a perda de vidas.”
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A reportagem da Gazeta do Sul tentou percorrer o trecho entre Vera Cruz e Gramado Xavier na tarde dessa quarta, 14, com o objetivo de verificar a situação geral da rodovia e conversar com os usuários. O deslocamento, no entanto, foi interrompido na altura do posto de combustíveis próximo ao acesso a Sinimbu em decorrência das condições climáticas. Além dos inúmeros buracos dos quais é necessário desviar, em manobras especialmente perigosas com chuva e pista molhada, a neblina que surge de forma inesperada também dificulta muito a pilotagem.
Em determinados pontos, não foi possível conduzir o carro em velocidade superior a 60 quilômetros por hora devido à baixa visibilidade. Com tantas curvas que levam diretamente para enormes ribanceiras, um pequeno descuido poderia resultar em um acidente grave. Da mesma forma a sinalização precária ou inexistente, tanto vertical como horizontal, contribui para dificultar ainda mais a vida do motorista. Os buracos, por estarem encobertos pela água, tornam-se armadilhas invisíveis.
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