Após mobilização de seis entidades na frente do Palacinho na manhã dessa sexta-feira, o prefeito de Santa Cruz, Telmo Kirst (PP), decidiu vetar a lei que torna flutuante o feriado de 25 de julho. O projeto, de autoria do vereador Hildo Ney Caspary (PP), foi aprovado no último dia 20 e permitia que caso o Dia do Colono e Motorista caísse em uma terça, quarta ou quinta-feira, o feriado fosse antecipado para a segunda-feira anterior.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz do Sul, Renato Goerck, a justificativa de que as empresas sairiam prejudicadas com o feriado no meio da semana não agradou aos agricultores. “Há mais de 20 anos que essa data tão especial e cheia de significado é celebrada pelas comunidades do interior. É preciso, sim, levar em conta o aspecto cultural que dá identidade a nossa terra. Queremos comemorar no nosso dia”, disse.
Munidos de cartazes, membros de entidades como o Centro Cultural 25 de Julho, Liga Integração de Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Lifasc), Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc), grupos de terceira idade e corais do interior foram convidados a acompanhar a reunião sobre o Plano Municipal de Saneamento. Após a assinatura do contrato entre a Unisc e a Prefeitura, foi dado espaço para que se manifestassem. Alguns discursaram em alemão. Telmo teria até o meio da próxima semana para decidir o que fazer, mas aproveitou a presença dos manifestantes para anunciar que vai vetar a proposta.
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Renato Goerck, um dos líderes do movimento, afirmou que o grupo estará presente na próxima sessão da Câmara, quando o projeto de lei voltará para análise do veto. “Não arredaremos pé até que esta questão seja sacramentada.”
O autor da proposta, vereador Hildo Ney Caspary (PP), adianta que o veto não irá a votação na segunda-feira. Surpreso com a decisão de Telmo, o vereador afirma que tentará apoio dos colegas para derrubar o veto do prefeito. Mas isso deve acontecer somente no ano que vem.
ACI APOIA A MUDANÇA
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No início da tarde dessa sexta, após a decisão de Telmo, a Associação Comercial e Industrial (ACI) soltou nota apoiando o feriado flutuante. A entidade entende que haveria economia para setores como indústria e comércio. “Parar uma indústria no meio da semana representa um custo extra e um grande transtorno para a produtividade”, argumenta o presidente Lucas Rubinger. “Neste momento de recuperação temos que apoiar as medidas que venham contribuir para melhorar a produtividade das empresas”, reforça.
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