Os candelarienses vivem um drama sem fim com o acesso colapsado para entrar ou sair da cidade em direção a Santa Cruz do Sul. Desde o dia 2, com a queda da cabeceira da ponte sobre o Rio Pardo, na RSC-287, ainda não foi encontrada uma solução permanente para que os moradores possam se deslocar com segurança sobre o curso d’água. Essa situação também limita a chegada de mercadorias. A mais recente alternativa foi uma passadeira flutuante do Exército, entre a Prainha Carlos Larger e Linha do Rio, mas a forte correnteza devastou a travessia na tarde de quinta-feira. Antes disso, no dia 15, o gabinete de crise e a Prefeitura informaram que a ponte pênsil seria recuperada em um curto prazo para ser um meio de passagem dos pedestres.
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Oito dias depois, com a passarela militar danificada e sem a ponte pênsil, uma nova reunião do gabinete foi realizada na noite de quinta-feira. A informação é de que a estrutura pênsil deve ficar pronta até este domingo para uma possível liberação na próxima segunda-feira, a depender das condições climáticas. A ideia de recolocação da pinguela em madeira, na estrutura da ponte da RSC-287 sobre o Rio Pardo, foi descartada pela Concessionária Rota de Santa Maria, já que a extensão do vão aberto até a rodovia é de 20 metros de largura e com 5 metros de profundidade.
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Dessa forma, quem precisa se deslocar para a região de Santa Cruz do Sul fica no aguardo das soluções emergenciais discutidas pelo gabinete de crise e Pela prefeitura. Segundo o coordenador, Flávio Karnopp, a expectativa é pela recolocação da travessia do Exército e finalização da ponte pênsil ainda neste fim de semana.
Considerando Santa Cruz do Sul como ponto de partida, os motoristas têm duas rotas alternativas mais próximas para chegar em Candelária. A primeira opção é ir até Rio Pardo pela BR-471, ingressar na ERS-403 e seguir até a localidade de Bexiga e tomar a ERS-410, que leva ao trevo da cidade, na RSC-287. Por esse caminho, o motorista vai percorrer em torno de 97 quilômetros.
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O segundo trajeto leva mais tempo, pela BR-471. Passa por Rio Pardo até Pantano Grande, onde se ingressa na BR-290 e segue-se até Cachoeira do Sul, onde o condutor irá passar pela BR-153 até a RSC-287, em Novo Cabrais, para depois ir em direção a Candelária. Esse trajeto é todo por via asfaltada, e o percurso é de cerca de 190 quilômetros.
Por essas duas alternativas é preciso ter atenção, pois alguns pontos da estrada sofreram danos pela enchente e há trechos não asfaltados. Em condições normais pela RSC-287, o percurso é de 45 quilômetros. A Rota de Santa Maria busca liberar o trecho em duas semanas.
Nessa sexta-feira, os Bombeiros Voluntários de Candelária e militares faziam a busca das 34 canoas que formavam a passadeira. “Se forem recuperadas ao menos 22 estruturas, será possível montar a travessia e o que faltar vamos colocar cascalho para permitir que as pessoas passem”, disse o coordenador do gabinete, Flávio Karnopp.
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Não foi informado um prazo para a estrutura militar ficar pronta, já que o 3º Batalhão de Engenharia de Combate, de Cachoeira do Sul, precisa fazer uma revisão das peças. Enquanto isso, a Secretaria de Obras trabalha na recuperação da ponte pênsil, situada a quase 400 metros da Prainha. Mesmo que a estrutura pênsil fique pronta, Karnopp aponta outro problema: o acesso precário do outro lado do curso do rio, em Linha do Rio, onde há muita lama e água acumulada. “Será preciso melhorar a passagem nesse trecho para chegar na estrada principal [VRS-858],” ressalta o coordenador.
As condições limitadas de acesso ao município afetam alguns serviços, como o de saúde, com a redução de profissionais nos postos. Karnopp afirma que não faltarão recursos e os trabalhadores da área podem chegar à cidade pelas rotas alternativas. “Podemos pensar em meios alternativos para eles chegarem, como pela ERS-403. Nos casos de transferências urgentes de pacientes, contamos com um helicóptero disponibilizado pelo gabinete de crise do Estado, em Santa Cruz. ”
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