Cultura e Lazer

Acervo do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo está acessível de forma digital

No último sábado, 10, foi realizada uma importante ação cultural: a entrega do projeto de digitalização e disponibilização do acervo do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, que possui valiosos documentos sobre a história de São Leopoldo, berço da imigração alemã no Brasil. O evento, que contou com tradução em Libras, reuniu representantes dos patrocinadores, integrantes do corpo técnico e diretivo do Museu, profissionais envolvidos na execução do projeto e a comunidade do município.

Na ocasião, a Doutora em História Isabel Cristina Arendt palestrou sobre o papel do jornal “Deutsche Post” enquanto mediador cultural, contextualizando a relevância do veículo impresso para a história de São Leopoldo e da imigração alemã no Brasil, além de ser uma rica fonte de pesquisa histórica e científica. 

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Iniciado em abril deste ano, o projeto apresentou números expressivos. Foram catalogados e digitalizados 6.185 documentos, gerando um total de 8.988 imagens pertencentes ao acervo do Arquivo Público Colônia de São Leopoldo e 8 mil exemplares do jornal Deutsche Post, gerando um total de 24.076 arquivos e 48.152 páginas aproximadamente.

O primeiro, acervo documental raro e exclusivo, detém o arquivo histórico do poder público municipal de São Leopoldo, desde o período como Colônia, passando pela emancipação em 1846, até a década de 1958, abarcando registros enquanto Câmara e depois como Prefeitura.

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O segundo, igualmente raro e inédito, consiste no acervo integral do jornal editado em língua alemã Deutsche Post, que circulou de 1880 a 1928 em todo o sul do Brasil, principal canal de divulgação do luteranismo. Os dois acervos estão disponíveis para consulta pelo site, especialmente projetado para pesquisas online, em plataforma com acessibilidade, garantindo a preservação de documentos valiosos na nuvem.

Cássio Tagliari, diretor do Museu, comentou que essa ação foi um marco para a instituição fundada em 20 de setembro de 1959, e um passo inicial, pois, a partir de agora, a ideia é fomentar um trabalho colaborativo com pesquisadores para indexação de informações e consequente produção de conhecimento. “Há outros fundos, como o da República, para digitalizarmos no futuro próximo”. 

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Ele lembrou também que a iniciativa só foi possível via Lei de Incentivo à Cultura e agradeceu o aporte de patrocínio das empresas Amadeo Rossi, Gedore do Brasil e Sucos Petry por meio do financiamento do sistema Pró-Cultura, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. 

Cida Herok, diretora da Cida Cultural, empresa responsável pelo planejamento e gestão do projeto, mencionou que a iniciativa teve caráter inovador por ser digital e pode servir de estudo de caso para a digitalização de acervos de outros museus do Rio Grande do Sul. O Museu Histórico Visconde de São Leopoldo assinou a realização do projeto.

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MHVSL

Fundado em 20 de setembro de 1959, o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo possui um acervo histórico composto por cerca de 10 mil objetos, 25 mil livros, 85 mil fotos, 9 mil periódicos e 12 mil documentos e outros elementos relacionados à história da imigração e colonização alemãs na região – a então Colônia de São Leopoldo nos vales do Sinos e Caí. O Museu é uma instituição comunitária, de direito privado, sem fins lucrativos, mantido com doações e apoio de voluntários.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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