A violência doméstica pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer tipo de relacionamento, heterossexual ou homoafetivo. Entretanto, as estatísticas ainda apontam as mulheres como as principais vítimas desse tipo de agressão. Para Marina Simas de Lima, psicóloga e cofundadora do Instituto do Casal, este fato está ligado ao modelo patriarcal em que ainda vivemos.
“Ainda não alcançamos a equidade de gêneros em nossa sociedade. Hoje, embora as mulheres tenham conquistado uma série de direitos, infelizmente elas ainda são mais vulneráveis ao abuso que os homens”, explica Marina. A percepção da psicóloga é corroborada por recente pesquisa do DataFolha, que mostrou que 1 em cada 3 brasileiras, com 16 anos ou mais, foram vítimas de violência em 2016.
O que é um relacionamento abusivo?
O relacionamento abusivo é aquele em que o (a) parceiro (a) procura intimidar, controlar, humilhar, ameaçar e dominar o outro. “O único objetivo do abusador (a) é controlar totalmente a vítima, minando sua autoestima e autoconfiança”, explica Denise Miranda de Figueiredo, psicóloga e cofundadora do Instituto do Casal.
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Veja 7 sinais do abuso psicológico, de acordo com as especialistas:
Como pedir ajuda?
“A maior preocupação quando falamos de relacionamentos abusivos, são os casos de violência psicológica, pois estes não deixam marcas visíveis. Entretanto, além de gerar danos emocionais importantes na vítima, o abuso psicológico tem o potencial de se transformar em violência física, podendo levar a um desfecho trágico”, comentam as psicólogas.
Portanto, a recomendação é procurar ajuda profissional. Reconhecer a situação é o primeiro passo. “A vítima precisa se fortalecer, recuperar sua autoconfiança e sua autoestima para tomar uma decisão. Não é um processo rápido. É preciso resgatar a identidade, valores, perder o medo do (da) agressor (a) e ter segurança para partir. Nesse processo será importante também entender que um relacionamento saudável é feito de respeito, autonomia e, acima de tudo, de amor”, concluem as psicólogas.
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