Após a criação de 177.352 vagas em março, o mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo 120.935 carteiras assinadas em abril, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia. O resultado do mês passado decorreu de 1,381 milhão de admissões e 1,260 milhão de demissões. Em abril do ano passado, em meio ao lockdown nacional devido à primeira onda de Covid-19, houve fechamento de 963.703 vagas com carteira assinada – o pior resultado em toda a pandemia.
O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês passado. O resultado veio abaixo da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo. As projeções eram de abertura líquida de 40.000 a 220.000 vagas em abril, com mediana positiva de 161.440 postos de trabalho.
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2021, ao saldo do Caged é positivo em 957.889 vagas. No mesmo período do ano passado, houve destruição líquida de 763.232 postos formais.
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De acordo com o ministério, 2,916 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em abril graças às adesões em 2020 ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada no ano passado, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga. O programa foi relançado em abril deste ano pelo governo por mais quatro meses em 2021.
Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para abril na série sem ajustes havia sido em 2010, quando foram criadas 305.068 mil vagas no terceiro mês do ano.
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