Promovida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, por meio do Departamento de Governança e Sistemas Produtivos, foi realizada, em formato híbrido, a Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, nessa quarta-feira, 25, em Porto Alegre.
Uma das pautas discutidas foi a abertura da Colheita do Tabaco, que faz parte dos eventos oficiais do Estado. A expectativa é de que seja realizada no Parque da Expoagro Afubra, no município de Rio Pardo, no dia 1º de dezembro, com a participação de autoridades. Ficou registrado pelo grupo o pedido para que o governador do Estado, Eduardo Leite, participe do momento, celebrando a abertura de mais uma safra.
LEIA TAMBÉM: Pesquisa indica avanço na renda dos produtores de tabaco
Publicidade
Romeu Schneider, presidente da Câmara, abriu o encontro e listou a série de agendas com ministérios e a recente participação em audiência pública realizada pela CONICQ para abordar as preocupações em torno a 10ª Conferência das Partes (COP 10), da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (CQCT), que acontece de 20 a 25 de novembro, no Panamá.
Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), apresentou os resultados da pesquisa realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEPA/UFRGS), sobre o Perfil Socioeconômico do Produtor de Tabaco da Região Sul do Brasil. “Recebemos muitas críticas por parte dos antitabagistas, que afirmam que o produtor vive em situação de vulnerabilidade. Mas a realidade confronta essas afirmações. Segundo mostra a pesquisa, 80% dos produtores de tabaco enquadram-se nas classes A e B, enquanto a média geral brasileira não chega a 25%”, destacou. Os principais resultados da pesquisa estão disponíveis no site do SindiTabaco.
LEIA TAMBÉM: Ministro da Agricultura confirma que apoiará setor do tabaco na COP
Publicidade
“Os números são extremamente positivos e, apurados de uma forma independente, por uma entidade respeitada e idônea, e que contrapõem sobremaneira informações que ainda vemos circular sobre o setor”, ressaltou Schneider que apresentou na sequência informações sobre a última safra. Segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), dos 1.191 municípios da Região Sul do Brasil, 490 produziram tabaco na safra 2022/23. O total de famílias envolvidas chega a 125 mil, com renda bruta estimada em quase R$ 11 bilhões.
“Comparativamente, o rendimento de um hectare de tabaco equivale a 6,37 hectares de soja e de 7,66 hectares de milho. Esse resultado é importante para pequenos produtores e explica porque muitos deles optam pelo tabaco, considerando o perfil da agricultura familiar e o fato de que muitos deles produzem em terrenos acidentados, que não são passíveis de mecanização ou de ampliação de área”, comentou Schneider.
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, apresentou os resultados das exportações entre janeiro e setembro de 2023. Segundo informações do MDIC/ComexStat, até setembro o Brasil exportou 369.604 toneladas e US$ 1.959.657 milhões, o que representou -10,12% e 20,22%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2022. Schünke avalia que o resultado está dentro do esperado, conforme pesquisa realizada pela consultoria Deloitte, que apontou tendência de -6 a -10% no volume. Já em divisas, a expectativa é de chegar próximo aos US$ 3 bilhões até o final do ano. Os principais países importadores no período são Bélgica, China e Estados Unidos, Indonésia, Turquia e Emirados Árabes.
Publicidade
LEIA TAMBÉM: Safra de tabaco 2022/2023 fecha em mais de 605,7 mil toneladas
Ainda de acordo com o executivo, os números corroboram a tendência de estabilidade da posição brasileira no mercado mundial. “Utilizamos uma média histórica porque alguns anos sofrem interferências logísticas que não podem ser previstas, como foi o caso da Covid-19. Nos últimos anos, em média, 90% do produto é exportado e temos embarcado em torno de 500 mil toneladas, o que gera US$ 2 bilhões em divisas anualmente. Isso desfaz a ideia de que a demanda tem diminuído e demonstra que, se não tivermos interferências negativas, seja por meio do aumento de impostos ou de novas regulações, certamente seremos referência no mercado mundial por muitos anos, comentou Schünke.
A Lei da Classificação do Tabaco na propriedade (Lei 15.958/23) também foi pauta do encontro. A implementação da legislação preocupa algumas entidades do setor e deve ser tema de audiência pública que ocorre no Plenarinho da Assembleia Legislativa gaúcha, no dia 1º de novembro.
Publicidade
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
Publicidade
This website uses cookies.