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SAFRA 2023/2024

Abertura oficial da colheita do tabaco deverá ser realizada em Rio Pardo em dezembro

Promovida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, por meio do Departamento de Governança e Sistemas Produtivos, foi realizada, em formato híbrido, a Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, nessa quarta-feira, 25, em Porto Alegre. 

Uma das pautas discutidas foi a abertura da Colheita do Tabaco, que faz parte dos eventos oficiais do Estado. A expectativa é de que seja realizada no Parque da Expoagro Afubra, no município de Rio Pardo, no dia 1º de dezembro, com a participação de autoridades. Ficou registrado pelo grupo o pedido para que o governador do Estado, Eduardo Leite, participe do momento, celebrando a abertura de mais uma safra. 

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Romeu Schneider, presidente da Câmara, abriu o encontro e listou a série de agendas com ministérios e a recente participação em audiência pública realizada pela CONICQ para abordar as preocupações em torno a 10ª Conferência das Partes (COP 10), da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (CQCT), que acontece de 20 a 25 de novembro, no Panamá. 

Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), apresentou os resultados da pesquisa realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEPA/UFRGS), sobre o Perfil Socioeconômico do Produtor de Tabaco da Região Sul do Brasil. “Recebemos muitas críticas por parte dos antitabagistas, que afirmam que o produtor vive em situação de vulnerabilidade. Mas a realidade confronta essas afirmações. Segundo mostra a pesquisa, 80% dos produtores de tabaco enquadram-se nas classes A e B, enquanto a média geral brasileira não chega a 25%”, destacou. Os principais resultados da pesquisa estão disponíveis no site do SindiTabaco. 

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“Os números são extremamente positivos e, apurados de uma forma independente, por uma entidade respeitada e idônea, e que contrapõem sobremaneira informações que ainda vemos circular sobre o setor”, ressaltou Schneider que apresentou na sequência informações sobre a última safra. Segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), dos 1.191 municípios da Região Sul do Brasil, 490 produziram tabaco na safra 2022/23. O total de famílias envolvidas chega a 125 mil, com renda bruta estimada em quase R$ 11 bilhões. 

“Comparativamente, o rendimento de um hectare de tabaco equivale a 6,37 hectares de soja e de 7,66 hectares de milho. Esse resultado é importante para pequenos produtores e explica porque muitos deles optam pelo tabaco, considerando o perfil da agricultura familiar e o fato de que muitos deles produzem em terrenos acidentados, que não são passíveis de mecanização ou de ampliação de área”, comentou Schneider. 

Exportações

O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, apresentou os resultados das exportações entre janeiro e setembro de 2023. Segundo informações do MDIC/ComexStat, até setembro o Brasil exportou 369.604 toneladas e US$ 1.959.657 milhões, o que representou -10,12% e 20,22%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2022. Schünke avalia que o resultado está dentro do esperado, conforme pesquisa realizada pela consultoria Deloitte, que apontou tendência de -6 a -10% no volume. Já em divisas, a expectativa é de chegar próximo aos US$ 3 bilhões até o final do ano. Os principais países importadores no período são Bélgica, China e Estados Unidos, Indonésia, Turquia e Emirados Árabes. 

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Ainda de acordo com o executivo, os números corroboram a tendência de estabilidade da posição brasileira no mercado mundial. “Utilizamos uma média histórica porque alguns anos sofrem interferências logísticas que não podem ser previstas, como foi o caso da Covid-19. Nos últimos anos, em média, 90% do produto é exportado e temos embarcado em torno de 500 mil toneladas, o que gera US$ 2 bilhões em divisas anualmente. Isso desfaz a ideia de que a demanda tem diminuído e demonstra que, se não tivermos interferências negativas, seja por meio do aumento de impostos ou de novas regulações, certamente seremos referência no mercado mundial por muitos anos, comentou Schünke. 

Classificação na propriedade

A Lei da Classificação do Tabaco na propriedade (Lei 15.958/23) também foi pauta do encontro. A implementação da legislação preocupa algumas entidades do setor e deve ser tema de audiência pública que ocorre no Plenarinho da Assembleia Legislativa gaúcha, no dia 1º de novembro.  

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