Com a chegada da primeira remessa da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer ao Vale do Rio pardo, nesta terça-feira, 25, os municípios que compõem a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde poderão ampliar a imunização de pessoas com comorbidades e deficiências, além de gestantes.
O imunizante da Pfizer tem características específicas de armazenagem. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta segunda-feira, 24, a diretora de Inovação e Empreendedorismo da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e doutora em Biologia Celular e Molecular, professora Andréia Valim, explicou sobre o funcionamento dos ultrafreezers que serão disponibilizados pela Universidade. Os equipamentos têm a capacidade de manter as temperaturas abaixo de 60 graus negativos.
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Conforme Andréia, o armazenamento do imunizante na Unisc será possível após uma reorganização dos materiais já ocupantes dos ultrafreezers. “Temos esses equipamentos, que mantêm baixas temperaturas, em virtude de coleções de amostras biológicas, que têm células inteiras ou material genético como RNA e DNA. Existem vários pesquisadores com suas coleções armazenadas nesses equipamentos e nós conseguimos reorganizar as coleções e liberar três ultrafreezers”, explica.
Serão dois ultrafreezers disponibilizados para a 13ª CRS e um para a 8ª CRS, que abrange a região de Cachoeira do Sul, à medida em que for necessário o armazenamento a 60 graus negativos. Aos municípios nesta semana, no entanto, a vacina é distribuída refrigerada em temperaturas entre 2 e 8 graus, condição na qual ela pode ser mantida por até cinco dias. “A reitora da Unisc, Carmem Helfer, já assinou o contrato com ambas as coordenadorias disponibilizando o espaço físico para esse armazenamento caso ele venha a ser necessário.”
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Os ultrafreezers, de acordo com a professora Andréia Valim, têm capacidade de 480 litros e uma face que varia de -50 até -86 graus. Conforme explicou Andréia, para o transporte dos imunizantes, a própria fábrica envia o material em gelo seco, que mantém a temperatura de forma adequada. “As vacinas vêm em bandejas, separadas em grupos. Então, conforme as vacinas forem chegando, a gente vai organizando dentro dos dois ultrafreezers designados para a 13ª, e em um terceiro ultrafreezer destinado para a 8ª”, explica.
A vacina Comirnaty/Biontech (nome da vacina produzida pela Pfizer), precisa ser armazenada a uma temperatura entre -60 e -90 graus, conforme informado na bula da Wyeth (responsável pelos imunizantes da Pfizer). Segundo Andréia, ainda é aguardada uma orientação do Governo do Estado para a definição dessa temperatura.
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“Mas, segundo a bula dessa vacina, a gente tem a informação de que ela pode ficar seis meses na temperatura de -90 até -60 graus. Os ultrafreezers já estão organizados, limpos e em baixa temperatura aguardando essa definição do Estado”, reforça. Essas temperaturas mais baixas do que o necessário para as doses das demais fabricantes se deve ao fato de a vacina da Pfizer possuir menos conservantes e também por causa do tipo de imunizante que tem o RNA como o ativo, que é uma molécula bastante sensível à alterações de temperatura.
A doutora em Biologia Celular e Molecular ainda afirmou que a Universidade está esperando os imunizantes com toda a estrutura e segurança necessária. “Temos uma preocupação de manter a estabilidade do material. Escolhemos locais dentro da Universidade que tenham gerador de energia, para que não ocorra nenhum risco de ter uma instabilidade elétrica, por exemplo.”
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