O diagnóstico de câncer costuma ser um momento delicado, mas com o tratamento e o apoio adequados, a doença pode ser enfrentada com muito mais serenidade, trazendo resultados positivos. Essa é a proposta da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan), que comemorou 18 anos nessa sexta-feira com um café da manhã para funcionários, colaboradores, pacientes e comunidade.
Uma das fundadoras da entidade, criada em Caxias do Sul no ano de 2005, é Irani Vasques. Ela participou do encontro na casa de apoio da Aapecan em Santa Cruz do Sul, uma das 14 cidades gaúchas onde a associação atua. Na época da fundação da Aapecan, Irani lembra que foi difícil convencer a população sobre o trabalho desempenhado em apoio aos pacientes oncológicos, principalmente na parte de arrecadação de fundos.
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“No início tivemos muitas dificuldades para arrecadar, e demorou até as pessoas acreditarem. Aí, como foram vendo o nosso trabalho e a transparência que tem a Aapecan, fomos conseguindo mais ajuda. Hoje são muitas coisas boas a cada dia”, recorda Irani.
A Aapecan atende hoje cerca de 540 pessoas. A entidade oferece apoio psicológico e auxilia cidadãos em situação de vulnerabilidade. A casa de apoio, construída em 2011, também conta com quartos e sedia trabalhos em grupo. A assistente social Cláudia Lunardi Fernandes trabalha na entidade há 13 anos, auxiliando quem busca apoio na hora de necessidade.
“Nosso trabalho começa desde a primeira vinda do paciente que precisa de algum material, como medicamentos e suplementos, ou em uma situação mais vulnerável, com auxílio em cestas básicas e fraldas”, explica Cláudia. “A partir daí, passamos para nossos atendimentos, do setor da psicologia até os grupos de apoio, rodas de conversa e oficinas terapêuticas, tudo no intuito de a pessoa enfrentar o seu tratamento de uma forma mais leve.”
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A profissional lembra que o trabalho é feito sem cobrança aos pacientes; por isso é importante o apoio da comunidade. “Todo o trabalho ao longo desses anos veio da contribuição que a comunidade deu. Essa estrutura física nos permite ter um espaço maior e de qualidade, como quartos com ar-condicionado. Toda a estrutura é pensando no conforto das pessoas que se deslocam e vêm fazer seu tratamento”, afirma a assistente social.
“Há vida após o câncer”
A aposentada Eva Machado já passou por três diagnósticos de câncer em diferentes partes do corpo. Ela utiliza o trabalho da Aapecan há 12 anos para superar as dificuldades do tratamento. Sorridente e bem disposta, utiliza o lema “há vida após o câncer” para seguir com força e estimular que outras pessoas permaneçam firmes no tratamento contra a doença.
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“Aqui encontrei ajuda com alimentação, medicamentos e apoio psicológico, principalmente. É uma casa muito boa, que auxilia mesmo. Ficamos fortes para sair e ir ao hospital fazer a quimioterapia”, comentou Eva. “Eu estou fazendo e estou muito bem. Digo às pessoas que não baixem a cabeça, não fiquem retraídas. Falem e vivam. Vivam, pois o câncer não significa a morte.”
COMO AJUDAR
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