Após ser comunicado por telefone de sua saída do cargo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, recebeu afagos em encontro com o setor farmacêutico nesta quarta-feira, 30. Em discurso, evitou comentar sua saída, mas adotou tom de despedida e afirmou, em indiretas ao falar de mudanças recentes em processos de transferência de tecnologia, que “a vida tem riscos”. “Eu que o diga a vocês”, emendou, entre risos dos convidados.
No encontro, planejado para discussão de novas parcerias para produção nacional de medicamentos, Chioro agradeceu o apoio de membros de sua gestão e entidades em políticas da área. Em seguida, em uma sinalização positiva ao setor, defendeu que as ações na área das chamadas PDPs (parcerias de desenvolvimento produtivo) continuam e devem ser uma política não de gestão, “mas de Estado”.
Saída
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Chioro deve deixar o cargo nesta quinta-feira, 1º, quando a presidente Dilma Rousseff anuncia a nova configuração da Esplanada dos Ministérios. Em uma conversa fria e rápida, Dilma disse por telefone nesta terça-feira, 29, ao ministro que ele teria que deixar o cargo.
No último evento ainda como titular da pasta, Chioro recebeu afagos de aliados. O presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Jarbas Barbosa, elogiou a “liderança forte” do ministro nas negociações feitas sobre o tema no último ano.
Representantes de associações farmacêuticas foram além e cumprimentaram a “gestão exemplar em defesa do SUS”.
Na saída, o ministro evitou falar com a imprensa sobre as conversas com a presidente.
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