Santa Cruz do Sul

A vida no bairro: comunidade unida para crescer mais

Localizado na Zona Sul de Santa Cruz, o Bairro São João é o terceiro mais populoso do município, perdendo apenas para o Santo Inácio e para o Centro. A população estimada é de 6.756 habitantes, conforme mapa temático produzido pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a partir do Geoprocessamento do Município, e com base no censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O São João foi criado em 1998. Após, por volta de 2011, com a reformulação da distribuição dos bairros de Santa Cruz, o antigo Bairro Ohland foi incorporado ao São João. Atualmente, conforme dados da administração municipal, o bairro conta com 74 empreendimentos comerciais e de prestação de serviços. Por anos, foi um local com presença de muitas olarias e o nome do bairro homenageia a antiga Olaria São João Jacobs, que era muito conhecida em toda a região.

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Delimitações

“Inicia em um ponto localizado no entroncamento do eixo da Rua Arnoldo Henrique Zimmer com o eixo da Rua Barão do Arroio Grande, seguindo pelo eixo desta, no sentido leste, até encontrar um ponto localizado no eixo da Rua Barão do Arroio Grande, alinhado com a divisa oeste do Loteamento Popular, seguindo por esta divisa, no sentido sul, passando pelos pontos localizados na divisa noroeste do Loteamento Popular, ao sul da Rua Pedro Kleudgen, e depois segue a leste até encontrar um ponto localizado na divisa sudeste do referido Loteamento, seguindo ainda no sentido sul, passando pelo ponto localizado no eixo do Corredor Frey e alinhado com a divisa oeste do Loteamento Popular, seguindo ainda a oeste com o mesmo alinhamento e sentido, até encontrar um ponto localizado no limite sudoeste do Loteamento Costa Sul, de onde segue, no sentido oeste, em linha reta, acompanhando o limite dos Loteamentos Costa Sul, Altos da Colina e São Luiz, passando pelos pontos localizados na divisa noroeste do Loteamento Borba, localizado no eixo da Rua Jônathas de Barros, alinhado com a divisa sudoeste do Loteamento São Luiz, e localizado no entroncamento das Ruas Jônathas de Barros e Agudo, seguindo por esta até encontrar um ponto localizado no eixo da Rua Agudo, no entroncamento com o eixo da Rua Arnoldo Henrique Zimmer, seguindo por este eixo, no sentido norte, até atingir o ponto inicial.” – Trecho da Lei Ordinária 8714, de 14/09/2021.

Antes repórter popular e agora presidente da Associação

Em 2009, quando a Gazeta do Sul realizava o projeto chamado “Repórter Popular”, Adriele Gabriela Carvalho Vargas tinha apenas 14 anos. Mesmo tão jovem, ela já demonstrava preocupação com o local onde cresceu. Naquele ano, foi a repórter popular do Bairro Ohland, pois os dois bairros ainda não haviam se unido.

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Hoje com 28 anos, Adriele é advogada e coordenadora do Departamento de Inclusão de Pessoas com Deficiência na Secretaria de Desenvolvimento Social. Mas, além disso, por conhecer muito bem o bairro e ter uma boa relação com vários moradores, virou presidente da Associação Unidos pelo São João.

Adriele aos 14 anos, quando participou do projeto Repórter Popular
Anos depois, aos 28, Adriele agora preside associação de moradores

A publicação de 2009 já vai completar 14 anos e desde então muitas coisas mudaram. Na época, Adriele relatou: “Esperamos que a Prefeitura providencie calçamento em nossas ruas, porque nos dias de chuva não temos como chegar à escola por causa do barro que se forma.” Após tantos anos, é agora que as melhorias pedidas naquela época estão aparecendo.

“Está sendo resolvido agora. Estão sendo pavimentadas cinco ruas, depois de tanto tempo”, contou Adriele à Gazeta do Sul em um encontro na última quinta-feira, no mesmo lugar da foto feita em 2009.
A advogada relata que muitos moradores ainda se referem a alguns pontos do bairro como “Ohland”, antiga nomenclatura.

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Na publicação de novembro de 2009, Adriele, na época aluna do Ensino Fundamental, também mencionou a falta de opções de horários de ônibus à noite e aos fins de semana. “Hoje já temos ônibus com passagem integrada, tem aplicativo para localizar o transporte coletivo em tempo real. Tivemos um avanço da tecnologia e também aumentou o olhar do poder público para o bairro”, frisa.

De acordo com a líder comunitária, apesar das melhorias mencionadas, o São João enfrenta um desafio persistente relacionado à falta de água. “Esse problema afeta a vida cotidiana dos moradores, causando dificuldades.” Além disso, segundo ela, está acontecendo a ampliação e já houve a modernização da escola Leonel Brizola, com chromebooks, notebooks para professores, telas interativas, novas rampas de acesso, ampliação da escola e a reestruturação da rede elétrica do ginásio.

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“Também tivemos algumas melhorias nas praças, reconstrução do campo de futebol, que estava sendo utilizado como potreiro, fortalecendo o ambiente familiar. Essas melhorias têm contribuído para a valorização dos imóveis e o bem-estar dos moradores.”

Adriele enfatiza que o São João é conhecido por seu ambiente acolhedor e familiar. “A comunidade é unida e solidária, e agora, com a Associação, tornaram-se comuns os encontros de vizinhos e festividades locais que fortalecem os laços entre os moradores. O bairro tem se esforçado para criar um ambiente seguro e saudável, garantindo um lugar ideal para criar uma família”, comenta.

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Para ela, é bom morar no bairro porque é um local que conta com escola de Ensino Fundamental e de Educação Infantil, escola de turno inverso, posto de saúde, áreas de lazer, mercados e pequenos comércios.

“Traz comodidade, segurança e facilidade para as famílias, temos tudo isso no São João. Essas facilidades essenciais contribuem para uma melhor qualidade de vida, economia de tempo e acesso rápido aos serviços necessários. Além disso, se fortalecem os laços entre vizinhos e cria-se um senso de comunidade, onde os moradores podem se apoiar mutuamente e desfrutar de uma vida mais tranquila e saudável”, salienta.

Unidos pelo Bairro São João

A criação da Associação Unidos pelo São João é bastante recente, tendo sido formada há aproximadamente dois meses. Conta com a participação ativa de mais de dez moradores, além de seus familiares e apoiadores. Segundo a presidente Adriele, é “uma equipe competente e muito comprometida”.

Associação Unidos pelo São João

Ela destaca que a associação está engajada em apoiar a comunidade local, através de projetos e trabalhos voluntários. “Acreditamos que, ao unir nossos esforços e recursos, poderemos transformar nosso bairro em um lugar ainda melhor para se viver”, afirma.

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No último fim de semana, a associação promoveu a primeira edição da Feira Alusiva ao Dia das Mães. O objetivo desses eventos, conforme Adriele, é fortalecer o comércio local e valorizar o trabalho artesanal e criativo.

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Além disso, foi realizada uma integração entre as mães, com a escolha de três mulheres que contaram suas vivências da maternidade. O primeiro evento organizado pela associação aconteceu em abril, alusivo à Páscoa, e contou até com caçada ao ninho. 

Conforme a dirigente da Associação, cinco ruas do bairro estão recebendo pavimentação

O próximo evento planejado pela associação é a festa junina. “Não poderia ser em outro local que não o São João. Queremos tornar o bairro referência em festa junina na nossa cidade”, adianta a presidente. Ela ainda convida todos os moradores a se juntarem à associação na jornada, contribuindo com ideias, habilidades e entusiasmo. “Juntos, podemos construir uma comunidade mais unida, solidária e próspera”, finaliza.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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