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A verdade está lá fora

No ano passado decidi que eu ia assistir a uma série mais longa e de todos os clássicos da minha lista, Arquivo X acabou ganhando o meu coração. A produção, que teve início nos anos 90, foi uma das grandes precursoras de tantas séries policiais e de fantasia que fizeram sucesso nos anos posteriores. Com sua abertura marcante e temáticas misteriosas, a série alçou Gillian Anderson e David Duchovny ao estrelato, ganhando muitos prêmios em suas nove temporadas originais. Até um revival foi feito com duas temporadas entre 2017 e 2018. Eu nunca havia assistido aos episódios, afinal era só uma criança quando eles foram ao ar, mas estava morrendo de curiosidade.

De cara, o que me espantou foi a estrutura narrativa: cada episódio de 40 minutos era uma história completa e complexa, cheia de subtemas. Cada episódio era denso e demandava atenção do espectador. Arquivo X, claro, é um remanescente da era pré-streaming, em que os autores deviam saciar a curiosidade por uma semana inteira, até o próximo capítulo ir ao ar. Também foi bacana acompanhar as participações de vários atores que ficaram conhecidos nos anos seguintes. Outra surpresa foi a personagem de Gillian, Dana Scully, que, como agente do FBI, médica e cientista, foi uma referência para muitas mulheres que ingressaram nessas áreas, no que ficou conhecido como o Efeito Scully.

Fato é que muitas das séries que eu já havia assistido, como Supernatural, Lucifer, Grimm, Sleepy Hollow, Constantine e tantas outras, beberam dessa fonte, não só no formato investigação com elementos sobrenaturais, mas também nas estruturas narrativas e temáticas. Não foram poucos os episódios de Arquivo X em que eu percebi histórias e contextos imitados mais tarde por outros programas. Inegavelmente há episódios mais fortes que outros, e a série teve problemas em sua continuidade, como as ausências de Fox Mulder em algumas temporadas, mas de maneira geral fiquei feliz ao descobrir que Arquivo X envelheceu muito bem.

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Felizmente a cultura do streaming está permitindo um resgate de várias dessas produções e a chance, para quem ainda não viu, de conhecer essa história. Atualmente a série está disponível na Net Now, no Globoplay e na FoxPlay, e eu recomendo fortemente que você dê uma chance a ela.

João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

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