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A vaidade e o “legado” de Barroso

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) até setembro de 2025, o ministro Luís Roberto Barroso tem se revelado um ator vaidoso e intempestivo, como bem demonstram vídeos e notas jornalísticas.
“Perdeu, mané” e “derrotamos o bolsonarismo” são duas pérolas semânticas que reforçaram seu desprestígio e do próprio poder de estado, que, infelizmente, perdeu-se no tempo e no intervencionismo rotineiro e inconstitucional!

Sua pérola mais recente é a seguinte. Em recente entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro Barroso afirmou que seu maior legado será a “total recivilização” do Brasil.
E como fatos não civilizados, identificou os inquéritos relacionados às milícias digitais, às fake news e aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, e os atribuiu ao que denominou como movimento político de extrema-direita.

Disse mais. “…devido à crescente violência e polarização no país… hoje, não podemos mais sair às ruas sem segurança. Algo no Brasil extraiu o pior das pessoas. Precisamos investir na pacificação e na retomada da civilidade.”

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Chama atenção que Barroso não atribui essa impopularidade e insegurança do STF às centenas de decisões que ofendem a nação, a exemplo de processos e inquéritos sem fim, usurpação de competências e poderes alheios, e, principalmente, a reiterada soltura de corruptos confessos. Pior: devolvendo-lhes o dinheiro roubado dos cofres públicos!

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Barroso disse mais: “O Supremo desempenhou um papel decisivo ao enfrentar o radicalismo da extrema-direita. Não fosse nossa reação, o país poderia ter mergulhado em um abismo de agressividade e ameaças”.
Será relativismo ou falta de memória de Barroso? Seu conceito de radicalismo extremo não contempla, por exemplo, as ações invasivas, usurpadoras e depredatórias do Movimento dos Sem Terra (MST) em centenas de propriedades privadas, ao longo de anos e anos.

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E mesmo em áreas públicas, por exemplo, quando membros do MST derrubaram as grades de proteção e invadiram o STF em 2014. Doze policiais foram feridos na contenção e expulsão dos invasores.
Em abril de 2017, manifestantes contrários ao governo Temer quebraram vidraças da Câmara dos Deputados, entraram no prédio e foram contidos pela Polícia Legislativa.

No mês seguinte, manifestações convocadas pela CUT promoveram ataques aos ministérios da Agricultura (com incêndio!), da Cultura e da Fazenda. Quarenta e nove pessoas ficaram feridas.
Em 2018, membros do MST picharam o prédio onde mora a ministra Carmen Lúcia, então presidente do STF. Sucessão de crimes relativizados. Recentemente, Carmen defendeu a censura relativa. Tem lógica. Atende à narrativa da vigente democracia relativa.

Para ilustrar e “enriquecer” o folclore institucional, a pérola mais recente: Barroso, o recivilizador do Brasil. Seria cômico se não tivesse falado a sério. Agora, além de manés, também somos selvagens!

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Astor Wartchow

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