A menos de um mês do início do período de convenções partidárias, quando serão definidas as candidaturas e alianças para a eleição municipal de 15 de novembro, Venâncio Aires se encaminha para assistir à reedição de um confronto que, em 2016, terminou com uma diferença de menos de 300 votos nas urnas. Em paralelo, pelo menos duas frentes se articulam para tentar furar a polarização.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Capital do Chimarrão conta atualmente com 52.393 eleitores. A tendência é que o atual prefeito, Giovane Wickert (PSB), e o vice, Celso Kramer (PTB), repitam a dobradinha vitoriosa e enfrentem novamente o ex-vereador Jarbas da Rosa (PDT), que ficou em segundo lugar com chapa pura em 2016. A dúvida é quem será o vice de Rosa: depois de uma aproximação com o PSDB no ano passado, tudo indica que o segundo nome será indicado pelo MDB, que dispõe de nada menos que seis opções. Os emedebistas, no entanto, também não descartam um voo solo.
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Em outra frente, quatro legendas lideradas pelo PSL e pelo PSDB se articulam para formar uma via à direita na disputa. Embora a definição vá depender de pesquisas que já estão em andamento, são grandes as chances de a chapa ser formada por nomes indicados pelo PSL e pelos tucanos. O PT também pode repetir a candidatura de 2016. Trata-se do atual presidente da legenda, Cesar Schumacher.
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O cenário hoje
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PSB/PTB
Os partidos estão próximos de confirmar a reedição da dobradinha Giovane Wickert–Celso Kramer. “Está tudo encaminhado para isso”, disse Kramer, que também é presidente do PTB e descartou a possibilidade de a sigla ficar de fora da chapa. A líder dos socialistas, Sandra Wagner, confirma que “tudo se desenha” para repetir a chapa. “Está 90% consolidado”, afirmou, com a ressalva de que o martelo só será batido nas convenções.
O grupo trabalha agora para arregimentar apoios. Em 2016, a coligação contou com nada menos do que dez legendas. Conforme Kramer, para este ano a expectativa é contar com “entre oito e dez partidos”.
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PDT
A legenda que esteve à frente do município por oito anos com Airton Artus se prepara para lançar novamente o ex-vereador Jarbas da Rosa. Em 2016, Rosa perdeu por apenas 254 votos. O pedetista vem mantendo conversas com um grupo de siglas que inclui PSD, Cidadania e Republicanos. A intenção, porém, é oferecer a vaga de vice ao MDB, que tem uma das maiores bancadas da Câmara de Vereadores. “A grande tendência é que o MDB indique o nome”, disse.
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MDB
O partido negocia para indicar o vice de Jarbas da Rosa. Segundo o presidente Paulo Mathias Ferreira, porém, ainda não há definição e a sigla pode seguir outro caminho. Um deles seria apoiar a reeleição de Giovane Wickert – possibilidade mais difícil, visto que os emedebistas não abrem mão de estar na chapa. Outra seria lançar uma chapa pura.
A legenda trabalha com seis possíveis nomes para a majoritária, incluindo os quatro vereadores (Helena da Rosa, Izaura Landim, André Puthin e Gilberto dos Santos), o ex-vereador Nilson Lehmen e o próprio Ferreira.
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PSL/PSDB/PP/DEM
As quatro legendas vêm mantendo conversas para formar uma terceira via à direita na disputa. O movimento foi liderado pelo PSL, que tem três nomes à disposição: a presidente da legenda, Claidir Kerhof, Jorge Losekann e Dirceu Becker. Já o PSDB, que no ano passado chegou a ensaiar uma aproximação com o PDT, deve indicar o ex-vereador Marcolino Coutinho ou o também ex-vereador Alexandre Wickert. O atual líder dos tucanos, Vinicius Medeiros, que ficou em terceiro lugar em 2016, desistiu de participar do pleito. O PP, por sua vez, indicaria o ex-deputado estadual Luiz Fernando Staub. De acordo com o presidente dos progressistas, Ailto Melo, se a pesquisa indicar que a terceira via não tem viabilidade, o partido deve apoiar a reeleição de Giovane Wickert.
PT
A reportagem tentou contato com o presidente do partido, Cesar Schumacher, mas não houve retorno. A sigla, porém, já manifestou intenção de lançar candidato novamente e Schumacher, que ficou em quarto lugar em 2016, é o nome prioritário.
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