A um mês da COP-10, cadeia produtiva está satisfeita com a mobilização para o evento

A exato um mês da abertura da 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, que se iniciará no dia 20 de novembro, na Cidade do Panamá, a cadeia produtiva no Brasil demonstra satisfação com a forma como ocorre a mobilização prévia a fim de compreender a posição que o governo federal levará para o debate. Na avaliação do presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Vinicius Pegoraro, prefeito de Canguçu, o maior produtor dessas folhas no País, a união de forças entre todas as entidades e as lideranças públicas e privadas sobressai como fato novo, e muito alvissareiro.

Os Legislativos de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estados que concentram a produção de tabacos claros, do tipo Virgínia, dos quais o Brasil é o maior exportador mundial desde 1993, engajaram-se na realização de audiências para ouvir a sociedade. A elas aliaram-se lideranças e entidades do setor produtivo e industrial, inclusive da Bahia, que cultiva fumos escuros, para charutos e cigarrilhas. Em outra frente, com o empenho de deputados federais, reuniões ocorreram em Brasília.

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A mais recente, na última quarta-feira, foi com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro. E, conforme Pegoraro, veio justamente dele o sinal mais efetivo de que, talvez, os produtores não terão com o que se preocupar em relação à COP-10. Fávaro teria assegurado aos líderes que em nenhum momento o Mapa concordará com qualquer restrição do cultivo de tabaco ou ao comércio. E como, em âmbito de Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro (Conicq), decisões sobre medidas devem envolver unanimidade, nada que contrarie os interesses das áreas de produção poderia ser adotado.

A Gazeta estará na Cidade do Panamá para realizar a cobertura completa tanto da COP-10 quanto da MOP-3, a Reunião das Partes do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos do Tabaco, e que ocorrerá na semana seguinte e em sequência à COP. Conteúdos serão compartilhados pela Gazeta do Sul, pelo Portal Gaz e pela Rádio Gazeta FM 107,9.

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Mais visibilidade para cadeia produtiva do tabaco

Ao lado da maior união de forças que o setor do tabaco apresenta, em suas ações visando compreender a posição brasileira a ser levada para a COP-10, Pegoraro também enxerga outra estratégia que deve ser ampliada: a de mostrar mais claramente, e com ênfase, a toda a sociedade brasileira os benefícios e os pontos positivos advindos do cultivo de tabaco. Ele se refere ao peso desse comércio, do qual o Brasil ocupa o topo do ranking mundial, na socioeconomia de municípios, estados envolvidos e região Sul, e na própria balança comercial brasileira.

Ele pretende mobilizar ainda mais os municípios produtores, a fim de que se engajem nos esforços para salientar a importância do tabaco em suas realidades. De família oriunda do meio rural (da região de Capela São José, a 12 quilômetros da área urbana de Canguçu), aos 37 anos, Pegoraro é uma das novas vozes que se erguem em favor do tabaco. Conforme ele, até recentemente eram 488 os municípios produtores dessas folhas. Porém, num contexto dinâmico, uns deixaram de sediar lavouras e outros passaram a produzir, de forma que hoje mais de 490 localidades se beneficiam dessa atividade.

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