A situação no PT de Santa Cruz é mesmo feia. Após a coluna revelar na semana passada que um grupo de filiados vai pedir a expulsão dos vereadores Ari Thessing e Paulo Lersch sob acusação de infração estatutária e quebra dos princípios partidários, um dos integrantes do movimento, o ex-vereador Alberto Heck, foi taxativo em entrevista à Rádio Gazeta: “Ou saem eles ou saem nós”.

Antes só…

Na prática, a saída de Thessing e Lersch poderia ser fatal para o partido em termos eleitorais, com risco de não conseguir eleger nenhum vereador em 2020. O grupo, porém, está mais do que decidido em seguir. “Se é pra ter vereador assim, melhor não ter”, disse um deles.

Troca-troca

Com o troca-troca previsto para o ano que vem na Câmara em função da janela partidária, algumas bancadas, como a do PTB, devem encolher. Outras vão crescer – é o caso do PP.

Será que é ele?

É cada vez mais forte a percepção no meio político de Santa Cruz de que o secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, pode ser o nome escolhido por Telmo Kirst (PP) para disputar a sua sucessão, dada a sua ascensão na Prefeitura e proximidade com o prefeito. A aposta é de que investimentos que o governo tem na manga para o setor, como a revitalização do Cemai, devem projetá-lo a partir deste ano. Se acontecer, não será a primeira vez que um candidato a prefeito é gestado na Secretaria de Saúde.

Chapa jovem

Um vereador ouvido pela coluna vai além na futurologia: aposta que Telmo vai articular uma chapa formada por Régis e a vereadora Bruna Molz – que, por enquanto, está na oposição. A aproximação promovida com Bruna na eleição da Câmara teria sido o primeiro passo. Seria uma forma de apresentar uma alternativa jovem à população.

Pressa? Nem tanto

Embora alegue preocupação com o atraso no concurso público em razão da indefinição sobre a lei de cotas, a Prefeitura de Santa Cruz descartou pedir uma convocação extraordinária da Câmara, que está em recesso, para votar o veto do prefeito Telmo Kirst (PP). Além disso, o concurso não depende só disso: falta o governo enviar ao Legislativo a revisão do Estatuto dos Servidores. Na prática, o Palacinho não tem tanta pressa assim.