O Vale do Rio Pardo, que concentra em cidades como Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz o maior polo mundial de processamento de tabaco, vive a efervescência em torno da negociação de mais uma safra. Em igual medida, a maioria das localidades da área central gaúcha, a exemplo do que protagonizam comunidades da região Sul do Brasil, que têm nessa atividade um de seus grandes pilares na economia, está, por sua vez, envolvida na preparação do produto para a comercialização.
Por sua repercussão na vida de pessoas, famílias, comunidades e regiões (até, por fim, ter o impacto de impressionantes R$ 30,6 bilhões na economia do País), é inevitável que o tabaco seja assunto e motive planos, projetos, atenções. É assim junto às quase 150 mil famílias que cultivam essas folhas em toda a região Sul. E é assim na rotina dos 557 municípios que hoje plantam tabaco, exatos 10% de todos os municípios brasileiros (5.570).
À realidade dessas famílias, bem como à socioeconomia das localidades nas quais estas conduzem sua vida, a Gazeta sempre dedicou máxima atenção em todas as suas plataformas, do impresso ao digital e às rádios. Não apenas porque o Vale do Rio Pardo é profundamente identificado com a produção, com as pequenas propriedades de perfil familiar encontrando na atividade sua via de subsistência, mas porque boa parte das folhas colhidas no Sul do País destinam-se a unidades de beneficiamento situadas na região, e daqui ganham o mundo, destinando-se a mais de cem países, com altíssima liquidez.
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A preocupação de verificar de perto a realidade do setor de tabaco uma vez mais transparece nesta edição. Ela traz o suplemento especial Safra 2019/20, no qual nossa equipe de reportagem dimensiona o panorama da cultura em toda a região Sul, tendo ido conferir a campo, em lavouras e galpões, as expectativas dos agricultores. E uma constatação sobressai: o crescente número de jovens, na faixa de 20 a 30 anos, que optam por se fixar no campo e produzir tabaco. Essas novas gerações, que frequentaram os bancos escolares e, por vezes, já concluíram um curso superior, introduzem no meio rural um novo ritmo e uma nova filosofia de trabalho, sintonizada com os modernos recursos tecnológicos, tanto na produção quanto na interação, em seu ambiente comunitário e na comunicação com o grande mundo. E expressam a convicção de terem feito uma boa escolha ao eleger o agronegócio (e, nele, o tabaco) como sua atividade.
Novas tecnologias, aliás, produtores de todas as idades poderão conhecer na 20ª Expoagro Afubra, de 18 a 21 de março, cujo lançamento ocorreu nessa sexta-feira. Assim, com as possibilidades oferecidas pela diversificação, a cadeia do tabaco caminha para um sólido e pujante futuro. E a Gazeta, claro, uma vez mais, como sempre fez, estará lá para noticiar esse futuro, e conversar com os protagonistas que já o constróem. Um ótimo final de semana a todos!
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