Não é de hoje que a Rússia atrai as atenções do mundo, e pelas mais variadas razões. Uma invasão ordenada pelo presidente Putin à vizinha Ucrânia, o que já dura meses, seria só mais um motivo que colocaria os russos na pauta diária em todo o planeta. E é essa nação que o escritor Keith Gessen tematiza no romance Um país terrível, originalmente de 2018 e que chega às livrarias brasileiras pela Todavia, em tradução de Bernardo Ajzenberg e Maria Cecilia Brandi, com 416 páginas, a R$ 94,90.
Longe de a expressão “um país terrível” vir de um estrangeiro, Gessen a enuncia com conhecimento de causa. É que, embora tenha crescido nos Estados Unidos, o autor nasceu na Rússia, em 1975, e portanto, por referências familiares, tem muito presente o modo de ser e de viver desse povo, e mais especialmente a forma como ele é governado. Na história, que se passa em 2008, isto é, uma década antes do lançamento do livro, Andrei, um russo que mora em Nova York, é convocado pelo irmão, que retornou a Moscou, para que igualmente volte a fim de cuidar da avó materna. O curioso é que enquanto ele se prepara para retornar, o irmão, que fizera isso antes, está em vias de ir embora de novo porque seus planos não saíram como o planejado. Andrei, no reencontro com o mundo familiar, toma contato com um ambiente que, se lhe diz respeito, pode ser olhado com o distanciamento de quem já esteve fora. É a Rússia de hoje sendo descrita por um russo, com olhar minimamente mais isento.
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