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A rotina de quem garante a limpeza das ruas de Santa Cruz

Faça frio ou calor, elas garantem a limpeza de nossas ruas

A limpeza urbana é, sem dúvida, um serviço público essencial para o funcionamento da cidade. Em Santa Cruz do Sul, nove servidoras da Prefeitura, duas concursadas e as demais com contrato temporário, são responsáveis pela varrição manual da região central. Com uma jornada de trabalho de seis horas, de segunda a sábado, as trabalhadoras têm entre 26 a 49 anos.

O dia mal amanheceu quando elas se reúnem no “QG”, uma estrutura montada em um prédio ao lado do Pavilhão 1 do Parque da Oktorbefest, com sofás, banheiro e um espaço para fazer lanches e guardar pertences e ferramentas de trabalho – a vassoura, pá, carrinho e sacos de lixo. O lugar é ponto de chegada e também de partida. É ali que elas recebem as instruções para iniciar o trabalho.

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De acordo com o chefe de divisão de paisagismo da Secretaria de Meio Ambiente, Silvio Barbosa, a equipe de limpeza já chegou a ter 20 integrantes.

Hoje a equipe é dividida em dois grupos e a frequência de varrição é determinada no plano de trabalho, que leva em consideração as características de uso das vias, como a quantidade de lojas. Quanto maior o perfil comercial e mais intensa a visitação, maior a atenção ao local.

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As principais ruas são a Marechal Floriano, Marechal Deodoro, Ernesto Alves, Tenente Coronel Brito e Avenida do Imigrante. Nas vias secundárias, caso da 28 de Setembro, Júlio de Castilhos, Fernando Abott e Ramiro Barcelos, o serviço é executado com menor frequência. Em média, são de três a quatro ruas por dia.

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“Elas pegam a Floriano e varrem de uma ponta a outra, na Coronel Brito a mesma coisa. Depois, em outros dias, varrem as ruas secundárias. Mas o foco é sempre as principais, por causa do maior fluxo”, enfatiza Barbosa. “No deslocamento de casa até o QG, eu já analiso qual rua está mais suja e o serviço naquele dia parte por ali. Muitas vias precisam ter o serviço feito com mais frequência, pela quantidade de carros estacionados, o que dificulta a limpeza das sarjetas. Mas as gurias sempre dão um jeito.”

Trabalho é organizado: características de cada rua determinam frequência da atividade

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Orgulho do que fazem

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Com pandemia, os equipamentos e cuidados também aumentaram na varrição. Cada uma das servidoras carrega um frasco de álcool em gel e sempre que possível higieniza as mãos.

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Para Deisiane da Rosa Nunes, de 31 anos, que mora no Bairro Faxinal Menino Deus e há três anos trabalha no setor, saber lidar com os imprevistos do dia a dia e estar sempre de máscara viraram uma questão de costume. “Já me acostumei e gosto do que faço. Tem dias bons e outros nem tanto. Andar de máscara em dias quentes, no sol, e ter que carregar o carrinho é um pouco complicado, a gente cansa mais rápido e sente bastante calor. Mas, com o frio, ajuda um pouco a proteger. Temos que usar, é um cuidado a mais para nossa saúde”, comenta.

Segundo ela, nesse tempo em que está na varrição, as pessoas sempre foram muito solícitas e respeitosas. “Nunca nos negaram água ou impediram de ir ao banheiro quando a gente precisa. Nunca tive problemas.” O lanche elas fazem na rua mesmo. O intervalo é de 15 minutos.

Deisiane: sempre tratada com respeito
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“Eu estou seguindo carreira, como meu pai, que também é concursado, e tenho muita admiração por ele. Por isso, pretendo continuar me dedicando e estudando para fazer um novo concurso público e conseguir uma nova colocação”, revela Gabriela.

Gabriela: carreira no serviço público

O chefe de divisão, Silvio Barbosa, ressalta que, mesmo em dias de sol quente, não tem jeito. Tem que varrer assim mesmo. O serviço só fica inviabilizado se estiver chovendo. “O mau tempo pode prejudicar a saúde do trabalhador, não tem como varrer na chuva e já são poucas; se uma fica doente, a equipe fica menor ainda”, observa.

Todo o material que é coletado na rua, como folhas, bitucas de cigarro, papéis e outros, é colocado no carrinho. Quando ele está cheio, os resíduos são transferidos para um contêiner.

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