Na Europa, especialmente, a onda nacionalista e conservadora tem nas infindáveis migrações sua motivação e pretexto mais forte. E nem tanto por xenofobia clássica, ou seja, pela aversão e rejeição em relação à pessoas, nacionalidades, culturas e etnias, geralmente estrangeiras.
As atuais migrações têm um elevado custo orçamentário e social às nações acolhedoras. Somados ao desemprego crescente e à concorrência laboral, fazem aflorar o sentimento reacionário nativo.
O ponto mais perturbador da onda nacionalista, reacionária e antimigratória é no plano político, onde resulta uma precarização dos papéis clássicos de representação político-institucional, com evidentes sinais de fragilização do ambiente e processo democrático.
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Ainda que não maioria, e limitados à conquista de algumas cadeiras, os vitoriosos simbólicos têm sido os partidos de extrema e centro-direita que defendem, principalmente, as políticas anti-imigração. Surpresa: com apoio dos jovens. Desempregados, provavelmente.
Perguntas. A onda conservadora e nacionalista será capaz de criar os empregos necessários e minimizar a crise humanitária (desemprego e migrações)? As possíveis soluções advirão país a país ou será necessário um esforço global e unitário?
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Nós, brasileiros, estamos preparados para receber grandes fluxos migratórios quando também nós enfrentamos graves problemas de desemprego, de déficit de infraestrutura social e habitacional?
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Nesse sentido, sobre onda conservadora e nacionalista, ainda que tema de várias vertentes (tema para análises mais rigorosas), o que dizer sobre o prestígio de Trump, Milei e Bolsonaro? Em modo resumido, a rigor, são três casos diferentes entre si.
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Os Estados Unidos enfrentam grave e desordenado avanço migratório e crescentes despesas militares, temas que, somados à fragilidade do presidente Biden, explicam o fenômeno Trump.
Milei e Bolsonaro se assemelham quanto ao enfrentamento dos adversários. Lá o peronismo e aqui o lulopetismo, ambos de viés populista e não zelosos no controle dos gastos públicos, logo, “sinônimos” de déficit, juros altos, inflação e desemprego.
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Uma diferença essencial entre ambos. Bolsonaro representa uma crescente onda conservadora de viés moralista quanto aos tradicionais costumes sociais e a infindável insegurança pública. Ultimamente, também a insegurança jurídica!
Ainda sobre migrações, nem falei em refugiados ambientais. A ONU estima que hoje já há 50 milhões de refugiados ambientais no planeta. E que em 2050 serão 200 milhões de pessoas.
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