“A propriedade rural é uma empresa, e o casal precisa atuar como sócios”, diz extensionista

Vanessa Pazza era uma das espectadoras da palestra Mulher: a inspiração no agro, realizada na tarde dessa quinta-feira, 24, no espaço Inovação do Agro, na 20ª Expoagro Afubra. Extensionista social da Emater/RS-Ascar em Toropi, defendeu um novo posicionamento dos casais em relação às funções que ocupam. “A propriedade é uma empresa, e o casal é sócio na gestão. Não dá para a mulher dizer que é dona de casa, quando ela atua na casa, na lavoura, nos cuidados com as pequenas criações, filhos. A mulher é multitarefa”, afirma.

A manifestação dela foi destacada pela palestrante Carina Bublitz, que é psicóloga e foi convidada pela organização não governamental Foco Empreendedor para tratar sobre empoderamento feminino no setor primário. “Para acontecer o protagonismo entre as mulheres, é trabalhada a questão da autoestima. A gente precisa começar a ter amor-próprio, conectar-se, aceitar-se, para se inspirar e inspirar outras pessoas”, destaca.

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Tomar atitude para ocupar melhores espaços ainda é um passo difícil para elas, pois a sociedade continua com as características patriarcais, em que as tomadas de decisões ficam restritas aos homens. Mudar isso requer ações com determinação, que é a palavra defendida pela produtora rural Terezinha Engel. Moradora de Santo Cristo, Terezinha saiu de madrugada em excursão organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais local para acompanhar a Expoagro Afubra. Estava encantada com o que via do trabalho dos expositores e recebeu uma salva de palmas quando se manifestou, durante a palestra. “Trabalho há 31 anos com produção de flores. Nós atuamos juntos e realizamos feiras. Sou determinada”, garante.

Produtores de frutíferas e plantas ornamentais, os Engel (Noli José e Terezinha) têm grande responsabilidade na atuação. Eles mantêm a empresa familiar, que tem 103 anos, a Viveiros Engel. “O casal tem que caminhar lado a lado e é assim que conseguimos, assim possibilitamos a nossos três filhos que cursassem a universidade e buscassem seus espaços”, acrescenta.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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