A poucos dias do bicententário, pedra fundamental do Parque do Imigrante é lançada

A poucos dias da comemoração dos 200 anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães ao Rio Grande do Sul, em 25 de julho de 1824, a comunidade de Linha Santa Cruz celebrou um momento histórico na manhã do último sábado, 20: o lançamento da pedra fundamental do Parque Regional do Imigrante (Immigrantenpark). A estrutura será instalada em uma área de 5,4 hectares na Granja Municipal, na Avenida Prefeito Orlando Oscar Baumhardt.

O lugar tem um significado histórico importante para a comunidade santa-cruzense. Foi na área onde hoje fica o Bairro Linha Santa Cruz que os primeiros imigrantes se instalaram em dezembro de 1849, ou seja, há quase 175 anos. Conhecida como berço da colonização, aquela região ainda preserva aspectos que remetem à colonização alemã, como prédios históricos, monumentos e cemitérios onde estão sepultados alguns dos pioneiros.

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Durante o ato de sábado, o presidente da Associação dos Moradores de Linha Santa Cruz (Amorlisc), Ricardo Bringmann, enfatizou a importância da ocasião em razão de aspectos históricos e culturais. Ele elogiou a capacidade turística de Santa Cruz e disse que o Parque do Imigrante será um atrativo a mais para fomentar a atividade.

“Agora temos a área, plano diretor e o projeto arquitetônico. Impossível esconder a alegria e o entusiasmo”, ressaltou. A ideia de desenvolver um projeto com essas características surgiu em 2019, após Bringmann ter feito uma visita ao Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. Ele percebeu como a Serra tem se destacado na área turística e propôs uma mobilização coletiva com esse objetivo.

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Depois de obter a cedência da área junto à Prefeitura por 25 anos, começaram os trabalhos para definir aspectos relacionados à estrutura a ser implantada. Para isso, foram elaborados o plano diretor e conceito arquitetônico do Immigrantenpark, sob a responsabilidade dos arquitetos Ronaldo Wink, Nathan Reichel e Renan Adams e do engenheiro civil Fernando Rovedder. Presente no evento, Ronaldo agradeceu a oportunidade de atuar no projeto e enfatizou a potencialidade do município e região em receber o parque. 

Um dos momentos mais representativos na apresentação do projeto ocorreu com a participação de descendentes dos imigrantes e representantes da comunidade, que enterraram uma cápsula do tempo junto à pedra fundamental. Nela estão itens que retratam os dias atuais, como recortes de jornal, moedas e fotografias, como forma de representar o marco histórico e o espírito coletivo. 

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Após essa etapa, será a vez de assegurar recursos que viabilizem o projeto. A captação, conforme antecipou Ricardo Bringmann na Gazeta do Sul do fim de semana, se dará em diferentes eixos. Além da busca de apoio junto aos entes públicos, também serão contatadas a Câmara Brasil-Alemanha e fumageiras, e se tentarão estabelecer parcerias público-privadas. 

A construção deverá ocorrer de forma gradativa, começando pelo pórtico de acesso e sanitários. Na sequência, deve ser erguido um memorial e também um moinho. A planta contempla ainda restaurantes, espaços para cervejarias, anfiteatro, pavilhão de múltiplos usos, academia ao livre, área para lazer e piquenique, playground, campo de futebol e ponte pênsil.