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‘A pessoa mais experiente é um tesouro que precisa ser valorizado’, diz padre Gelso

Neste domingo, 26 de julho, é celebrado o Dia dos Avós. São tantos homens e mulheres experientes, de cabelos brancos, mãos calejadas e mentes cheias de histórias para contar. O Padre Gelso Bernardy, da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes de Sobradinho, recordou com saudade os seus avós maternos, após receber uma foto do primo Aquiles Paulus, de Dourados no Mato Grosso.

No retrato de 1938, está João Augusto Paulus (1894/1978) e Maria Rech Paulus. Conforme o padre, essa é a primeira família. Ainda nasceu uma filha em 1940 e já havia falecido um. A avó faleceu em 1941 deixando uma “escadinha” para as irmãs mais velhas cuidarem e, logo a seguir, o avô casou novamente e teve mais 11 filhos, um total de 23. Eles residiam na comunidade São Miguel em Pitingal, Passa Sete. Seus corpos estão sepultados no cemitério do local.

Padre Gelso destaca que o Dia do Avós é muito importante para recordar ensinamentos. “Como é bonito quando encontramos pessoas que nos falam do passado e transmitem conhecimentos que não vemos relatados nos livros escolares, mas estão pautados no livro da vida, que não depende se a pessoa é letrada ou não. Mais bonito ainda é quando encontramos aqueles que são capazes de valorizar os mais sábios idosos, porque a pessoa mais experiente é um tesouro que precisa ser valorizado”, relata.

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Segundo Bernardy, as palavras “coroa e glória”, usadas em Provérbios no Antigo Testamento para descrever a beleza do relacionamento entre netos e avós e entre pais e filhos, podem soar distantes do dia a dia de muitas famílias, principalmente em casos de abandono, violência doméstica e de pais que delegam a responsabilidade de criação de seus filhos à avós já sobrecarregados.

De acordo com o padre, para superar esses problemas familiares é preciso reconhecer o valor da convivência entre diferentes gerações e a presença da fé de Jesus enfatiza o convívio familiar quando vivem o amor recíproco, que é o antídoto para curar a sociedade do “vírus da morte”.

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O padre salienta que Papa Francisco ensina que os idosos ajudam a perceber a continuidade das gerações, com o carisma de lançar uma ponte entre elas. Diante do momento em que vivemos, com a pandemia da Covid-19, segundo Bernardy, é preciso não descuidar dos avós, pais e idosos. “Vamos reservar momentos para rever fotos e se escutarem reciprocamente, mesmo que por telefone, Facebook, WhatsApp. Vamos pensar momentos para estreitar nossos laços entre as gerações presentes na família, buscando em primeiro lugar o amor recíproco em cada um. Saber valorizar os avós, dar atenção, carinho e afeto, respeitar sua dignidade”, orienta.

De acordo com padre Gelso, por meio da intercessão de São Joaquim e Santa Ana, avós de Jesus, é preciso pedir a graça de aceitar os fatos, mas nunca desistir do recomeço, para que todos saibam amar os idosos em suas fragilidades e acolhê-los em suas dificuldades. “Que a nossa presença junto aos idosos leve-os a superar o sentimento de solidão e nos ajude a ser um ouvido que escuta, uma mão estendida e um coração que ama”, finaliza.

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