Publicitário de formação e atuando com marketing digital, Gabriel Dorneles da Silva, de 27 anos, foi um dos tantos santa-cruzenses que trabalhou neste feriado de Carnaval. No caso dele, nem tanto por obrigação, e sim por uma opção. É que nesta quarta-feira, 14, quando Santa Cruz e Avenida se enfrentam no Estádio dos Plátanos pelo Gauchão, Gabriel escolheu ter folga para desde cedo viver o clima da partida.
E não é de hoje. Tudo fruto de uma ligação que iniciou cedo, aos 8 anos de idade. Ao ir com o tio ao Estádio dos Plátanos passou nas arquibancadas da casa carijó a entender e descobrir o que era o futebol. A partir disso, a frequência nos jogos foi aumentando, assim como a paixão pelo clube. “Posso dizer que estar nos Plátanos para mim significava estar em casa. Atualmente o Galo é um time que não tem um calendário para disputar competições o ano inteiro, mas mesmo assim, eu e diversos outros torcedores não deixamos de visitar o estádio, fazer um churrasco. Torcer para o Santa Cruz pra mim é isso, viver o dia a dia do clube da cidade, estar presente, apoiar. É também as amizades que tu constrói ali com quem tem a mesma vivência que tu”, afirma.
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E é com um misto de emoções que Gabriel vê a temporada 2024 da arquibancada. Ao mesmo tempo em que comemora cada segundo do retorno do clube à elite do Gauchão após 10 anos, lamenta a atual fase. Atualmente, o Galo ocupa a última posição da tabela, com apenas dois pontos ganhos. “Ver o Galo voltar pra elite depois de 10 anos foi uma alegria enorme. Eu diria inesquecível para todos que viveram o mal momento do time, caindo pra terceira divisão. Só que também é difícil para nós torcedores agora ver o clube sem uma única vitória no campeonato, com ingressos de valores absurdos muitas vezes afastando o público do estádio. Esperamos que os jogadores entendam nessa reta final de campeonato o que representa a camiseta do Santa Cruz e que honrem ela até o final”, destaca.
O Ave-Cruz
Após trocar a folga de Carnaval para o poder estar durante toda a quarta-feira no clima do clássico, Gabriel se apega nos números do clássico – até hoje, foram 117 partidas, vencidas em sua maioria pelo Santa Cruz, com 66 vitórias, enquanto o Avenida comemorou 23 vezes, além de 28 empates – para acreditar que uma possível vitória possa fazer a equipe iniciar uma reação na competição. “É um jogo que nos dá esperança, pois quem sabe com uma vitória podemos nos recuperar no campeonato e nos manter na primeira. O Santa Cruz é um time de tradição, de camisa pesada. A obrigação é acreditar sempre e enquanto tiver chance a torcida não vai abandonar, assim como nunca abandonou nos piores momentos.”
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